PROJETO DANÇA
AGRADECIMENTOS
DEUS É QUEM NOS DÁ O DOM DA VIDA E O PRIVILÉGIO DE VIVER,E ALÉM DE VIVER,EXPERIMENTAR COISAS BOAS DESSA VIDA,ENTRE ELAS CONHECER E REGISTRAR O QUE CONHECEMOS,ENTÃO A ELE TODA GLÓRIA...
ANTES DE DEUS CRIAR A IGREJA ELE CRIOU A FAMÍLIA E ESTA É UMA BOA COISA PARA TODO HOMEM,ENTÃO AGRADEÇO À MINHA FAMÍLIA,TÂNIA,VITOR,VINICIUS E ROBERTA OS QUAIS SÃO MEU ESTEIO
HÁ 12 ANOS CHEGUEI NA COMUNIDADE FOME E SEDE E POR ELA FUI ACOLHIDA E A ELA AGRADEÇO NAS PESSOAS DO APÓSTOLO SANDRO MURILO E FAMÍLIA E DO BISPO PAULO E FAMÍLIA.
NÃO PODERIA DEIXAR DE AGRADECER À MARIANA,ESSA FILHA QUE DEUS NOS DEU E COM QUEM APRENDI MUITO PARA DAR ESSAS PINCELADAS SOBRE ESSE MINISTÉRIO
PREFÁCIO
ASSIM COMO EM ISRAEL NÃO EXISTIA VIDA RELIGIOSA E VIDA SECULAR,TUDO ERA RELIGIOSO,A VIDA CRISTÃ TAMBÉM O É,POIS TUDO É ESPIRITUAL...
O CULTO QUE AGRADA A ELE,É AQUELE ELABORADO POR ELE MESMO LIMITADO POR SUA REVELAÇÃO E NÃO POR NOSSAS IMAGINAÇÕES,INVENÇÕES OU ATE ATÉ SUGESTÕES SATÂNICAS DE REPRESENTAÇÕES VISÍVEIS,POIS O CULTO SEMPRE DEVE SER TEOCÊNTRICO
" LITURGIA " É O MODUS OPERANDI NA QUAL O CULTO ACONTECE E ONDE A TEOLOGIA DO CULTO MOSTRARÁ SE FOI COMPREENDIDA OU NÃO.
ESSA FALTA DE COMPREENSÃO TEM PERMITIDO ENTRAR ELEMENTOS ESTRANHOS,QUE MUDAM A LITURGIA DE CULTO,ALÉM DE TRAZER PLURALISMO TEOLÓGICO.
A LITURGIA NÃO TEM SIDO TRATADA PELA PREGUIÇA DE SE ESTUDAR SOBRE,E ALGUMAS VEZES COM A PRETENSÃO DE SE DAR LUGAR A AÇÃO DO ESPIRITO SANTO
LITURGIA É O CULTO PÚBLICO INSTITUÍDO POR UMA IGREJA
APESAR DE UM TERMO SECULAR,FOI ADOTADO PELA COMPREENSÃO CRISTÃ DA RESPONSABILIDADE PARA COM DEUS
( A PALAVRA APARECE CERCA DE 15 VEZES NA BÍBLIA)
SEMPRE QUE A PALAVRA SURGE NA BÍBLIA TEM A CONOTAÇÃO DE SERVIÇO DE CARÁTER RELIGIOSO,O QUE SUBTENDE QUE " CULTO É LITURGIA".
DESDE OS TEMPOS APOSTÓLICOS É O ATO DE PARTICIPARMOS JUNTOS DO CULTO NUM CARÁTER SACERDOTAL( CORPO DE CRISTO)É CONHECIDO COMO LITURGIA.
LITURGIA NÃO É AQUELA PROGRAMAÇÃO IMPRESSO QUE COORDENA OS MOVIMENTOS DO CULTO,MAS SIGNIFICA : "PESSOAS TRABALHANDO PARA DEUS" (E NÃO PESSOAS SE DIVERTINDO,FAZENDO O QUE BEM ENTENDEM).
ESTAR ENVOLVIDO LITURGICAMENTE É ESTAR TRABALHANDO NO CULTO
LITURGIA É A MANIFESTAÇÃO PÚBLICA DO ENCONTRO DE DEUS COM SEU POVO:" LITURGIA É CULTO
MAS O CULTO SÓ É COMPLETO,QUANDO DEUS SE COMUNICA E A FORMA DELE SE COMUNICAR É ATRAVÉS DA SUA PALAVRA FALADA(LOGOS) OU QUE FALA ( RHEMA )
PODEMOS CULTUAR COM SINCERIDADE E SINCERAMENTE ESTARMOS ERRADOS POR DEUS NÃO TER HOMOLOGADO TAL CULTO , FALTA DE ATITUDE CORRETA E FORMA CORRETA ( " EM ESPÍRITO E EM VERDADE " )
A DANÇA USA MOVIMENTOS PARA EXPRESSAR ESSE TRABALHO(CULTO E LITURGIA),POIS A PALAVRA RHEMA NÃO É SOMENTE A PRÉDICA,ASSIM NAS PRÓXIMAS PÁGINAS ,FALAREMOS EM COMO SE DÁ ESSE CULTO LITÚRGICO,USANDO ESSE MEIO DE COMUNICAÇÃO TÃO IMPORTANTE NA CULTURA HEBRÁICA,NA IGREJA PRIMITIVA,NA HISTÓRIA DA IGREJA E NA IGREJA CONTEMPORANEA.
INTRODUÇÃO
NÓS CRISTÃOS SOMOS UNIDOS NO HISTÓRICO DO CRISTIANISMO BÍBLICO,NOS FUNDAMENTOS DA FÉ,MAS NÃO SOMOS UNIDOS EM ASSUNTOS QUE NÃO SÃO ABSOLUTOS,E POR INCRÍVEL QUE PAREÇA,SÃO ESTES ASSUNTOS QUE NOS SEPARAM.
O QUE NOS SEPARA SÃO QUESTÕES TEOLÓGICAS OU TEMPERAMENTAIS?
ESTAMOS TENTANDO VIVER BAXTER:" NOS ASSUNTOS ESSENCIAIS: UNIDADE,NAS INDIFERENTES : LIBERDADE E EM TODAS AS COISAS: AMOR..."
A TENDÊNCIA PARA O EXTREMISMO É UMA GRANDE FRAQUEZA DE NÓS CRISTÃOS,E ISSO NOS FAZ EXTREMISTAS,ACONTECENDO MAIS NAS EXPERIENCIAS,POIS AO LADO DELAS ESTÁ A DESCONFIANÇA.
SOMOS RACIONAIS E EMOCIONAIS( FILIPENSES 3:8,I PEDRO 1:8 ),FOI ASSIM QUE ME APROXIMEI DESSE MINISTÉRIO DE DANÇA E NÃO CRER NOS EXTREMOS,PORQUE ELES NÃO PODEM ESTAR RESTRITOS A TEMPERAMENTOS,CULTURAS,POIS FAZEM PARTE DA EXISTÊNCIA HUMANA E ESSE MINISTÉRIO ENVOLVE ESSAS DUAS FACETAS.
O MEU DESEJO É QUE A VERDADE COLOQUE FOGO NO NOSSO CORAÇÃO E QUE AS PERSPECTIVAS DA VERDADE DE DEUS SOBRE O ASSUNTO NOS TIRE DA CONTEMPLAÇÃO( LUCAS 24:32 ),POIS TEOLOGIA PROFUNDA É LENHA PARA A NOSSA DEVOÇÃO E TEOLOGIA QUE NÃO TRAZ FOGO É DEFEITUOSA.
TEMOS AINDA UM OUTRO EXTREMO:O CONSERVADORISMO QUE QUER PRESERVAR O PASSADO E NÃO ACEITA MUDANÇAS OU O RADICAL QUE SE REBELA AO HERDADO E FAZEM AGITAÇÕES POR MUDANÇAS.
SOMOS GUARDÕES DO EVANGELHO,MAS NÃO PODEMOS FICAR ATOLADOS E ENDURECIDOS.
É PAPEL DA IGREJA REFORMAR COM EMBASAMENTO BÍBLICO( MATEUS 7:1-13 ).
FOI ASSIM,TAMBÉM,QUE ME APROXIMEI DESSE MINISTÉRIO,TENTANDO COMBINAR O CONSERVADOR EM RELAÇÃO A PALAVRA E O RADICAL NO SEU ESCRUTÍNIO DE TODAS AS OUTRAS COISAS E ISSO É LEALDADE AO MESTRE,DISCERNINDO O QUE É CULTURA E ESCRITURA.
UMA BUSCA PARA O LIVRE,O FLEXÍVEL,O ESPONTÂNEO E O NÃO ESTRUTURADO,TENTANDO RESPIRAR DO SUFOCO DAS NOSSAS FORMALIDADES,MAS ISSO NÃO SIGNIFICA ANARQUIA
CAPÍTULO I PELOURINHO
TAMBÉM CONHECIDO COMO "PICOTA",É UMA COLUNA DE PEDRA EM UM LUGAR PÚBLICO DE UMA CIDADE,ONDE CRIMINOSOS ERAM PUNIDOS E EXPOSTOS.
PASSANDO POR VÁRIAS CONOTAÇÕES E ESTILOS TORNARAM-SE VALORES ARTÍSTICOS.
NO BRASIL FORAM TRAZIDOS POR D. MARIA.
O NOME MAIS CONHECIDO POR "PELOURINHO" É O DE UM BAIRRO EM SALVADOR-BA,LOCALIZADO NO CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE,ABRANGENDO RUAS QUE VÃO DO TERREIRO DE JESUS AO LARGO DO PELOURINHO,TAMBÉM CONHECIDO COMO "PELÔ".
ESCOLHIDO POR TOMÉ DE SOUZA ESTRATEGICAMENTE COMO LUGAR DE DEFESA DA CIDADE(1549),ATÉ INÍCIO DO SÉCULO XX,ERA CENTRO RESIDENCIAL EMINENTE,E TAMBÉM COMERCIAL E ADMINISTRATIVO,MAS A PARTIR DE 1950,HOUVE TRANSFERÊNCIA DE ATIVIDADES E ESSE BAIRRO SOFREU MUITAS DEGRADAÇÕES,E HOJE,CENTRO DE PROSTITUIÇÃO E MARGINALIDADE,MAS TAMBEM CENTRO CULTURAL NEGRO COM UMA EFERVECÊNCIA CULTURAL QUE ATRAI ARTISTAS DE TODOS OS GÊNEROS.
FOI NESSE PELOURINHO COLORIDO,CHEIO DE ATIVIDADES CULTURAIS,UM SHOPPING AO AR LIVRE,NESSE PELOURINHO DO OLODUM E DOS FILHOS DE GHANDI,QUE DEUS ME DEU UMA VISÃO,A VISÃO MAIS ESTRANHA DA MINHA VIDA,MAS QUE ABRIU OS MEUS OLHOS PARA O MINISTÉRIO MAIS INCRÍVEL NA IGREJA HOJE: A DANÇA
CAPÍTULO II TERREIRO DE JESUS
PRAÇA DE GRANDE IMPORTÂNCIA NO PELOURINHO ( CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR ),LIMITA-SE À PRAÇA DA SÉ ( PRAÇA 15 DE NOVEMBRO ).
ÁREA DOADA POR TOMÉ DE SOUZA AOS JESUÍTAS,LIDERADOS POR MANOEL DA NÓBREGA,CONSTRUÍRAM UMA CAPELA,BASE PARA O COLÉGIO DOS JESUÍTAS,E DEVIDO MUITOS PADRES JESUÍTAS FICOU CONHECIDO COMO " TERREIRO DE JESUS ",HOJE CATEDRAL DE SALVADOR,MAS NESSE LUGAR ESTÃO:CONVENTO,IGREJA DE SÃO FRANCISCO,IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO DOMINGOS E PRIMEIRA FACULDADE DE MEDICINA.
POR SER O CENTRO DO CORAÇÃO,ESSE LUGAR É PALCO DE MUITOS ESPETÁCULOS MUSICAIS
1. A VISÃO
A FORÇA ESPIRITUAL DESSE LOCAL DO PELOURINHO É INEXPLICÁVEL,E FOI NUMA DESSAS CENTENAS DE IDAS A ESSE LOCAL,QUE DEUS ME DEU UMA VISÃO,A QUAL CHAMO "LIBERTAÇÃO DO PELOURINHO "
O PELOURINHO É UM CENTRO CULTURAL,ONDE AS MENSAGENS SÃO PERFORMALIZADAS POR DRAMATIZAÇÕES CÊNICAS OU PROPRIEDADES LÚDICAS ESTÉTICAS À EXPRESSÕES CORPORAIS( CANTO E DANÇA ),EM SINTONIA COM A PERCUSSÃO ,EM SUA MAIORIA LIGADAS A ÁFRICA PRÉ-DIÁSPORA ANTERIOR À ESCRAVIDÃO,ONDE QUALQUER OUTRA MENSAGEM NÃO É BEM VINDA,FAZENDO DESSE LUGAR UM TRONO DE ESCRAVIDÃO ESPIRITUAL,SIMBOLIZADA PELA HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO AFRICANA
AS COMUNIDADES AFROS USAM A DANÇA COMO MEIO PARA MOSTRAR SUA CULTURA RESISTIR A OUTRAS CULTURAS.
NA ILHA DE ITAPARICA,EXISTEM VÁRIOS MESTRES E GRUPOS DE DANÇA,O QUE NÃO É NATURAL,PORQUE A MESMA ESTÁ LIGADA AO RECÔNCAVO,INTERIOR DO ESTADO E A TODO PAÍS,E POR SUA IMPORTÂNCIA ÀS OUTRAS ILHAS( LÁ ESTÁ A ÚNICA FONTE HIDRO MINERAL À BEIRA MAR DAS AMÉRICAS) E A VERA CRUZ( MUNICÍPIO),ONDE O SAMBA DE RODA E O CANDOMBLÉ SÃO ADORAÇÃO AOS ORIXÁS COM DANÇAS TRADICIONAIS QUE NÃO EXISTEM NEM MESMO NA ÁFRICA.
É NESSE CONTEXTO MÍSTICO,HISTÓRICO,CÊNICO,APOCALÍPTICO,LIBERTADOR QUE DEUS ME DEU A VISÃO:
" EU ESTAVA NO CENTRO DA PRAÇA DO TERREIRO DE JESUS,EM FRENTE DA CATEDRAL SÃO DOMINGOS E VI ENFILEIRADOS OS 7 ORIXÁS (Considera que orixá é um título aplicado a espíritos que alcançaram um elevado patamar na hierarquia espiritual, os quais representam, em missões especiais, de prazo variável, o alto chefe de sua linha. É pelos seus encargos comparável a um general: ora incumbido da inspeção das falanges, ora encarregado de auxiliar a atividade de centros necessitados de amparo, e, nesta hipótese fica subordinado ao guia geral do agrupamento a que pertencem tais centros) DA UMBANDA( RELIGIÃO BRASILEIRA,DIFERENTE DO CANDOMBLÉ QUE É AFRICANA)
1. IEMANJÁ COM SEU BRANCO CRISTAL COM SUAS PEDRAS EM PÉROLAS E TURQUESA,E SUAS FALANGES EM PRATA E OURO BRANCO.
2. OXUM COM SEU AZUL E BRANCO E SUAS PEDRAS SODALITA ,PERITA COM SUAS FALANGES EM OURO AMARELO.
3. XANGÔ COM SEU MARROM MARCANTE E SUA MACHADA ,E SUAS FALANGES COM TOPÁZIO E CITRINO,BRONZE E O COBRE
4. IANSÃ E SEU AMARELO OU CORAL COM PEDRAS DE QUARTZO ROSA,COM FALANGES ADORNADAS DO BRONZE E O COBRE
5. OXALÁ ORNADO EM SEU BRANCO COM CETRO DE METAL E SUAS FALANGES EM OURO AMARELO E BRANCO E ESTANHO
6. OGUM E SEU VERMELHO E BRANCO COM SUA ESPADA E SUAS FALANGES MARCADAS PELO PREDOMINANTE VERMELHO,COM PEDRAS ÁGATA DE FOGO,RUBI E O SÁRDIO,E SUAS ARMAS DE FERRO
7. OXÓSSI COM SEU VERDE E NUANCES VERMELHO E BRANCO,COM SEU ARCO E FLECHA A E FALANGES CARACTERIZADAS PELO JASPE,QUARTZO E ESMERALDA VERDES,ARMAS DE LATÃO BRANCO
ESSES 7 ORIXÁS COM SUAS 450 FALANGES E CADA FALANGE COM SUAS 2.500 A 6.000 ENTIDADES,ESTAVAM ARREGIMENTADAS NESSA PRAÇA,COMO QUE GUARDANDO-A E PRONTOS PARA UMA POSSÍVEL GUERRA.
DIANTE DE TAL QUADRO,QUAL NÃO FOI A MINHA SURPRESA COM AS PALAVRAS QUE OUVI:
" TODO ESSE EXÉRCITO SÓ SERÁ DERROTADO ATRAVÉS DA "DANÇA"...
"NESSE LUGAR,ONDE A CULTURA É ANUNCIADA ATRAVÉS DA DANÇA,MINISTRAS VIRÃO E COM DANÇAS QUE ENVOLVERÃO TODOS OS PILARES,IRÃO LIBERTAR ESSE LUGAR,QUE AINDA É UM CINTURÃO DE SATANÁS NESSE PAÍS,E FARÁ DESSE LUGAR UM FAROL DE LIBERTAÇÃO PARA O MUNDO "
ERA COMO SE EU TIVESSE SIDO ARREBATADO E PUDE VER VÁRIAS MINISTRAS,DE VÁRIOS LUGARES DO BRASIL E DO MUNDO MINISTRANDO NAQUELE LUGAR,REGIDAS POR PASTORAS E PASTORES,QUE COM DISCERNIMENTO,PERMEAVAM POR TODOS OS PILARES DE ACORDO COM A ORQUESTRAGEM DO ESPIRITO...
VI MINISTRAS E MINISTROS COM SUAS VESTES MINISTERIAIS COM SUAS VARIADAS CORES E SIMBOLISMOS,SEUS ADEREÇOS COMO BANDEIRAS, ESTANDARTES,VASOS....
2. A REVELAÇÃO
DEVIDO MINHA FORMAÇÃO PRESBITERIANA,SEMPRE TIVE UM "PÉ ATRAS" COM AS DANÇAS NA LITURGIA,TALVEZ POR NÃO TER VISTO UM CORRETO EXERCER DO MINISTÉRIO EM SUAS MINISTRAÇÕES OU VÊ-LO APENAS COMO UMA COREOGRAFIA,EM SUA MAIORIA MAL FEITA OU FORA DE CONTEXTO(O QUE SE CANTA NÃO HARMONIZA COM O MOVIMENTO(COREOGRAFIA).
NO ANO DE 2006,QUANDO NOSSA COMUNIDADE(Comunidade Cristã Fome e Sede de Deus ) AINDA ERA IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA,DEUS ME DEU UMA VISÃO,EM QUE OCORRERIA UMA DIVISÃO DA IGREJA E QUE FILHOS DAQUELA GERAÇÃO MORRERIAM,E APENAS OS QUE ESTIVESSEM GUARDADOS PELA "INTERCESSÃO DA DANÇA" IRIAM SOBREVIVER.
ESSA VISÃO ESTÁ REGISTRADA NESSE MEU BLOG
( http://intrecessoresfomeesede.blogspot.com.br/2009/08/visao-profetica-16112007.html )
VISÃO PROFÉTICA (16/11/2006)
NESTE DIA,TIVE UMA VISÃO DE UM GRUPO DE INTERCESSÃO,MAS ESTES INTERCEDIAM COM *DANÇAS*...(A INTERCESSÃO ERA POR ALGUÉM QUE SERIA ASSASSINADO....)
UMA PALAVRA VEIO,ESCRITA DE FORMA BEM DESTACADA ESCRITA:" JEJUAI E CHORAI..."
A VISÃO CONTINUAVA,MOSTRANDO A MORTE DE PARTE DESTA GERAÇÃO,GERAÇÃO QUE ENVOLVE FILHOS ENTRE 18 E 22 ANOS,IDADE DE FILHOS QUE NÃO TEMEM AO SENHOR...ESSA MORTE NÃO PROCEDERIA DO INIMIGO,MAS POR PERMISSÃO DE DEUS AOS FILHOS DA GERAÇÃO QUE NÃO TIVESSEM A *MARCA DA INTERCESSÃO*(ESSE SERIA O SANGUE)
A VISÃO CONTINUA MOSTRANDO UM NOVO MOVER DO SENHOR SOBRE A CIDADE DE GOIANIA,SENDO QUE SUA VOLTA SERIA POR ONDE ELE SAIU(EZEQUIEL 44...O CAMINHO DA PORTA EXTERIOR DO SANTUÁRIO,QUE OLHA PARA O ORIENTE,A QUAL ESTAVA FECHADA....).ALGUMAS ORDENS SÃO DADAS À CASA(MINISTÉRIO FOME E SEDE DE DEUS):
.QUEM VAI ENTRAR...
.QUEM VAI SER EXCLUIDO...
.PALAVRA SOBRE OS REBELDES:*BASTA...VIOLARAM MUITAS REGRAS...*
.ESTRAGEIROS FARIAM A OBRA,DESVIADOS VOLTARIAM E REALIZARIAM A OBRA COM OS FIEIS QUE PERMANECERAM...
.NESTE PERIODO UM ANO NOVO COMEÇARIA E TODOS DEVERIAM FAZER UM COMPROMISSO DE UMA OFERTA ESPECIAL DE UM ANO(UM PROPOSITO FEITO POR TODOS)
DIANTE DESTES ACONTECIMENTOS AS ÁGUAS PURIFICADORAS ACONTECERIAM(EZEQUIEL 47).
A VISÃO CONTINUA MOSTRANDO UMA ALIANÇA ENTRE OS PASTORES SANDRO GOMES E FERNANDES(MINISTÉRIO REFATÁ),ONDE O TEMPLO SERIA ADQUIRIDO,MAS CONFORME O CUMPRIMENTO DA PROFECIA(EZEQUIEL 44 A 47)...."
DEZ ANOS SE PASSARAM,E APÓS UM CULTO JÁ NA COMUNIDADE FOME E SEDE E NO NOVO TEMPLO(ADQUIRIDO CONFORME PROFECIA DE 2006),VI UMA APRESENTAÇÃO DO GRUPO DE DANÇA QUE ME DEIXOU MUITO CONTRARIADO.
ALGUNS JOVENS COMEÇARAM A FREQUENTAR NOSSA IGREJA,ENTRE ELES UMA JOVEM CHAMADA MARIANA.
NESSE DIA,ELA COMEÇOU A DANÇAR DE UMA FORMA TODA DESCORDENADA,QUE AO MEU VER NADA QUERIA DIZER,E ISSO ME REVOLTOU MUITO.
CHEGANDO EM CASA O ESPIRITO FEZ-ME LEMBRAR DA COMUNIDADE NOVA VIDA DO PASTOR RENATO EM SALVADOR-BAHIA EM QUE ALGUMAS MINISTRAÇÕES DO GRUPO DE DANÇA,TAMBÉM ERAM DESCORDENADAS.
NAQUELA AFLIÇÃO DA ALMA O ESPIRITO ME DISSE:
" VOU TE REVELAR NOVOS PILARES DESSE MINISTÉRIO,E VOCÊ IRÁ REGISTRAR PARA QUE ESSE MINISTÉRIO TENHA O CONHECIMENTO,E QUE ISSO GERE O PONTO E O NÍVEL QUE EU QUERO PARA QUE ATRAVÉS DESSE MINISTÉRIO O PELOURINHO SEJA LIBERTO E QUE ALI SEJA UM FAROL ESPIRITUAL PARA O MUNDO "
O QUE VOU REGISTRAR AQUI PARECE SIMPLES,MAS É REVELADOR PARA ESSE MINISTÉRIO,PARA QUE ELE ATINJA O NÍVEL QUE O ESPIRITO QUER PARA QUE EXERÇA A FUNÇÃO QUE LHE FOI DESIGNADA NO ALCANCE DO MUNDO,ATRAVÉS DO MINISTÉRIO DOS " MOVIMENTOS ": DANÇAS.
CAPÍTULO 3 DEFININDO O MINISTÉRIO DE DANÇA
" A DANÇA,ASSIM COMO QUALQUER TIPO DE ARTE É UM PODEROSO MEIO,PELO QUAL DEUS FALA E AGE,SENDO QUE A PALAVRA ENCENADA(EXPRESSÃO CORPORAL)É RECEBIDA NÃO SOMENTE PELA AUDIÇÃO,TORNANDO-SE ASSIM UMA PODEROSA LINGUAGEM DE COMUNICAÇÃO"
Como já descrevemos acima,a DANÇA como toda ARTE é um meio de comunicação,logo,um meio que Deus usa para comunicar-se e agir,podendo ser captado, em sua encenação,não apenas pela audição.
Esse ministério esta atrelado ao Ministério da Música e não é uma exibição artística,ou um enfeite à liturgia,mas parte integrante do culto.
A medida que formos conversando,vamos definindo o que vem a ser esse ministério.Entre essas definições,gosto muito dessa :
" Essência total de entrega,manifestado por uma espontaneidade responsiva,envolvendo o povo a ação de Deus" ( L.R.A.S.)
Esse DOM ou MINISTÉRIO é inerente a qualquer convertido e,não apenas a jovens ou mulheres.
Por ser uma linguagem de comunicação,qualquer um pode ser usado por Deus como instrumento.
Apesar do conhecimento ser importante,o Ministério de Dança é mais que ser um bailarino,e aí,chegamos a mais uma definição que gosto também :
" Tem que ser uma dança do céu,com valores bíblicos,técnicas corporais e unção "( L.R.A.S.).
Isso irá exigir :
1. Oração
2.Santidade
3.Trabalho
Observação: Nos textos posteriores iremos falar sobre a oração e a santidade na dança,mas adiantamos que quando falamos de trabalho,frisamos:
* Execução de Movimentos
*Execução de ritmos
*Contato com formas e símbolos
*Ampliar para o novo e dança própria
CAPÍTULO 4 PALAVRAS HEBRAICAS E GREGAS (CONTEXTUALIZAÇÃO)
PALAVRAS HEBRÁICAS
1. CHAGAG = Dança ( I Samuel 30:16 )
* Amalequitas
* Não era uma dança religiosa
2. CHUWL = Dança ( Juizes 21:21-23 )
* Filhas de Siló
* Era uma dança secular
3. KARAR = Dança ( II Samuel 6:14-16 )
* Davi
* Era uma dança religiosa
* Termo usado somente aqui
* Aconteceu fora do Templo
4. MACHOWAL = Dança ( Salmo 149:3,Salmo 150:4 )
* É o texto mais forte sobre esse ministério na Biblia.
* Mesma palavra usada em Jeremias 31.4
* Mesmo pensamento em Jeremias 31:13
* Em alguns textos a palavra é traduzida por "flautas"
*Textos : I Samuel 18:6 = Vitoria militar
Êxodo 15:20 = Vitória militar
Juízes 11:34 = Vitória militar
I Samuel 18:6 = Vitória militar
Êxodo 32:19 = Idolatria
Juízes 21:2 = Folclore
5. RAQUAD = Dança
* I Crônicas 15:29 Filhos
* Jó 21:11 Sátiro que dança
* Isaías 13:21 Dança # Choro
* I Crônicas 15:29 Davi
PALAVRAS GREGAS
1.ORCHEOMAI= Dança
* Mateus 14:6 Herodias
* Mateus 11:17 Meninos
* " Movimentos Graduais "
2. CHOROS = Dança
* Lucas 15:25
* Retorno do filho pródigo
* Reunião familiar
O desenvolvimento da dança a conduz do templo aos palcos: da dança litúrgica, celebrada por sacerdotes; vai às aldeias, passando ao folclore que tem caráter popular; e segue para as festas, os salões.
A dança sai daquilo que é ligado ao campo do sagrado e se apresenta em atos privados de significado religioso.
Nestes textos bíblicos, é possível vislumbrar a presença da dança em ambientes festivos de caráter religioso assim como em festas familiares. Nessas ocasiões, o caráter luxuoso do ambiente é indicado, como no Salmo 44, em que se espera pela entrada da princesa no palácio real.
CAPÍTULO 5 ESTILO DO MINISTÉRIO
Todas as referências( exceto Salomé ) a dança não tem caráter de " sedução "ou " lasciva ".
Solo somente Davi ( II Samuel 6:14 e II Crônicas 15:29 )
Os outros textos todos são "expressões grupais " .
O estilo da dança é marcante por ser uma linguagem universal.
Comunica-se uma história através de movimentos dançados e pantomimas e, facilmente se vence a barreira da língua .
" UM GESTO FERE MAIS QUE A LINGUAGEM "
É básico " conhecer " o movimento que se faz e " transmitir " o que quero.Preciso pensar,fazer-se entender por movimentos coreografados ou dançados
CAPÍTULO 6 ESPECIFICANDO O MINISTÉRIO
Li muitos livros e artigos sobre os "PILARES" e ,praticamente tudo que li é em cima de 4 Pilares.
Cerca de mais de 10 anos,venho observando esse ministério em várias denominações,conversando com várias ministras e,depois de muita pesquisa,pude observar,que assim como em outros ministérios ha mais de 4 pilares,a dança também obedece esses critérios ou princípios ( Pilares).
Esses pilares que irei especificar,não tenho como mostrar cada um na Bíblia,são experiencias testemunhadas,ouvidas e,logo,plausíveis de oposições,debates....
1. BATALHA ESPIRITUAL
Apesar de muitas divergências teológicas,existe uma unanimidade de que mesmo sendo Deus soberano e na cruz satanás ter sido derrotado,há fatos que ainda não se concretizaram quanto a Igreja e a satanás... isso eu chamo de Batalha Espiritual ou seja uma batalha invisível no mundo espiritual.
Oséias afirma em seu livro que o povo perece por falta de conhecimento( 4:6 ).
A terminologia militar é vista por todo o Novo Testamento,por isso estratégias de guerra devem ser estabelecidas, pois ninguém vai a uma guerra sem saber os recursos que possui,e a dança é uma dessas estratégias e um desses recursos.e podemos dizer uma "estratégia",uma ciência que conduz operações militares.
A) AS ARMAS
Precisamos conhecer as armas desse exército,os procedimentos para ser admitido nesse exército,como é o seu treinamento,as linhas de batalha,o conhecimento do exército inimigo e seu território,suas estratégias e claro o Plano de Deus para cada batalha.
Mas tudo isso sem mobilização torna-se inútil,por isso temos que conhecer a mobilização ofensiva e defensiva e o uso dessas armas.
A mobilização efetiva acontece quando esse exército invade na zona de combate,dominar o inimigo e reclamar a posse do território.
É preciso conhecer a batalha na mente,contra a língua,sobre os muros espirituais,nos lugares celestiais e o território estratégico
Depois de algumas experiencias é necessário aprender treinamento avançado,pois a medida que se conquista territórios,essa guerra se torna mais aguerrida,por isso é necessário se conhecer áreas específicas,com missões especiais e mais difíceis.Essa área envolve conhecer hierarquias espirituais, como ministrar em prisioneiros,as baixas na guerra e como perder uma batalha mas vencer a guerra.
Creio que o ministério de dança é um dos recursos e estratégias mais eficientes para conduzir uma batalha espiritual.
Quando morei em Salvador(BA),frequentei a Comunidade Nova Vida do pastor Renato,e um dia percebi que algumas ministras da dança,estavam ministrando com movimentos rígidos,com fortes batidas de pé no altar e o rosto sisudo.Após o culto fui procurá-las e elas me falaram que faziam movimentos assim,pois estavam numa guerra espiritual.Naquele dia,pude discernir esse pilar da dança:A batalha espiritual.
Por algumas vezes,quando fui pregar em igrejas,Deus me levou a orar pelas ministras da dança,e por várias vezes ministrei "armas" a essas ministras...uma das armas que mais ministrei foi a espada,sendo que as vezes eram espada de prata ou de ouro,que simbolizam nobreza e realeza no ministério dessas ministras.
Um DVD do grupo musical Filhos do Homem,as ministras e ministros da dança,ministram não apenas com movimentos militares,como suas roupas são características de guerra( calças camufladas, coturnos, gandola camuflada,camisa,apito )e quando eles ministravam,muitas vidas foram libertas,já que era um acampamento para jovens não crentes.
Poderíamos falar especificamente desse pilar,mas queremos apenas dar rápidas pinceladas do mesmo.
2. CURA INTERIOR
Falar de "Cura Interior" é falar da alma,mesmo curados da culpa do pecado,nossa alma fica com feridas,lembranças e traumas do tempo da vida de pecado,e assim não somos o que queríamos ser.
O Espirito Santo por ser o Espirito da Verdade revela o que está na nossa alma(João 8:32)
A alma é aquilo que o homem é: sua personalidade,seu ego:
MENTE: Sede da alma,intelecto,pensamento,raciocínio,memória
EMOÇÕES: Instrumento para expressar nossos sentimentos,gostos,simpatias,alegrias,tristezas etc...
VONTADE:Instrumento para tomar decisões,poder para escolher.
Para a alma ser santificada,essas áreas precisam ser curadas(ajustadas)e imprimido nelas o caráter de Cristo,e essas feridas impedem esse processo,mesmo sendo salvos
Como Ezequiel a dança é ministrada através de movimentos,esse pilar necessita de uso de melodias e letras em tons menores,assim como de instrumentos específicos como violino e piano e elementos ( adereços).
É básico a harmonia dos movimentos,das vestes,cores,adereços com o pilar a ser ministrado.
Esse pilar presenciei em tres momentos em ministrações na nossa Comunidade Fome e Sede:
1. Temos uma irmã que é muito usada nesse pilar...
Lembro-me que uma vez,enquanto o apóstolo Sandro Murilo ministrava uma canção com melodia e letra de cura interior,essa irmã começou com movimentos,expressar a alma de algumas pessoas da Igreja ou da própria Igreja.
Seus movimentos eram leves,suas expressões de dor,lágrimas saíam dos seus olhos e ela terminou a ministração como se fosse uma criança deitando em seu leito como que precisando de colo e amor...
Algumas pessoas da Igreja choravam e foi ministrada uma palavra de cura.
Conversando posteriormente com ela,ela me relatou que fez movimentos mostrando a situação da alma da Igreja.
2. Em um encontro do nosso ministério Fome e Sede,o pastor Cleif chamou-me para orar por um jovem que chorava copiosamente,enquanto isso era ministrada uma canção também de cura interior,e uma das ministras da dança aproximou-se com movimentos leves e colocou o seu manto sobre o rapaz.Ele deu um grito,um grito de libertação,levantou-se e começou a dançar em movimentos de curado...
3. Em um outro culto,também com canções de cura interior,as ministras sairam no meio da congregação e eu peguei o bálsamo e ungia em quem elas se aproximavam com movimentos de cura interior,e essas pessoas caíam em grande choro de cura.
3.PROFÉTICA
ALÉM DE SER,SEGUNDO PAULO O DOM A SER MAIS DESEJADO,O MESMO É CERCADO DE MARAVILHAS NA DANÇA.
ESSE PILAR É BEM CONHECIDO ENTRE OS MINISTÉRIOS E LIVROS E POUCO TENHO A ACRESCENTAR.
ELE MAIOR QUE OS OUTROS POIS EDIFICA TODA A IGREJA,APESAR DA IMPORTANCIA DE TODOS OS PILARES.
ALGUMAS RAZÕES:
A) A profecia visa a edificação do corpo
B. Serve para exortar
C. Serve para consolar
D. Transmite iluminação e ensinos
E. Faz soar o toque da batalha
F. É a voz clara em meio à confusões de vozes
G. É um meio de benção,principalmente de ação de graças em que toda a comunidade pode participar
H. Abençoa supremamente os crentes
I. É uma maneira de ensinar
ELA VAI ALÉM DE UMA PRÉDICA,POIS ELA É INSPIRADA POR FALAR VERDADES ESPIRITUAIS PROFUNDAS MAS DE NATUREZA INCOMUM,MISTÉRIOS OCULTOS,MAS QUE SÃO ESCLARECIDAS NUM MOVIMENTO ESPIRITUAL OU SEGREDOS QUE SÃO REVELADOS.
COMO COMENTEI ACIMA,NEM SEMPRE SÃO REVELAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS MAS SEMPRE SIGNIFICATIVAS DE CUNHO ÉTICO OU DOUTRINÁRIO,MAS SEMPRE TRANSCENDE ALGO MENTALMENTE COMUM,DO QUE SE DIZ NORMAMLMENTE,NUNCA LIGA DO AO INTELECTO,MAS DE NÍVEL ESPIRITUAL.
4.ADORAÇÃO
ESSE PILAR TAMBÉM É MUITO CONHECIDO NO MINISTÉRIO DA DANÇA,MAS NESSA REVELAÇÃO DADA POR DEUS,ESSE PILAR CARREGA ALGUMAS LINHAS QUE CREIO PODER ACRESCENTAR AO QUE JA SE CONHECE.
ENTENDO A ADORAÇÃO COMO A LINGUAGEM DECRETADA POR DEUS PARA NOS COMUNICARMOS COM ELE(INTIMIDADE) E NA COLETIVIDADE(IGREJA).
NESSA BUSCA DE DEUS POR VERDADEIROS ADORADORES,O QUE FARIA UM DEUS VOLTAR-SE PARA UMA ADORAÇÃO ESPECÍFICA?
. O QUE PODE COMPETIR COM A ADORAÇÃO PERFEITA E PURA DE MIRÍADES DE ANJOS O TEMPO INTEIRO EM SUA PRESENÇA?
EU ACREDITO QUE A DANÇA É O MEIO QUE MAIS CONSEGUE CHEGAR PERTO DESSA DIMENSÃO DE ADORAÇÃO,POIS EM TODAS AS OUTRAS FORMAS DE ADORAÇÃO,NADA EXIGE TANTO DE SI COMO MOSTRAR ESSA ADORAÇÃO COM MOVIMENTOS.
COSTUMO DIZER,QUE O VERDADEIRO ADORADOR É GENEROSO,E ISSO TEM A VER COM SACRIFÍCIOS,OU SEJA " TODO VERDADEIRO ADORADOR SABE SACRIFICAR"
PEDRO FALANDO SOBRE ISSO,ELE AFIRMA QUE SOMOS "CASA ESPIRITUAL,COMO PEDRAS ESPIRITUAIS,QUE OFERECEM SACRIFÍCIOS ESPIRITUAIS"
O QUE SÃO "SACRIFÍCIOS ESPIRITUAIS"?
PARA ENTENDERMOS PRECISAMOS SABER O QUE SÃO SACRIFÍCIOS NATURAIS(HOLOCAUSTO,MANJARES ETC...),POIS ELES FIGURAM O QUE SERIA ALGO ESPIRITUAL.
PRATICAMENTE TUDO QUE É OFERECIDO NUM CULTO PÚBLICO É MATERIAL,MAS DEUS NÃO QUE SACRIFÍCIOS NESSE NÍVEL,ELE QUER SACRIFÍCIOS ESPIIRTUAIS OU OFERTAS ESPEIRTUAIS QUE O AGRADE.ESSA ADORAÇÃO TERÁ DE NASCER DE DEUS,IMPLANTADA EM NÓS,POIS SÓ ELE SABE O QUE O AGRADA,ASSIM A DANÇA CONSEGUE CHEGAR PERTO DESSE AGRADO,POIS EXIGE A COMPLETA MORTE DO "EU" PARA MOVER-SE EM ADORAÇÃO,EM MOVIMENTOS QUE DEMONSTRE TUDO QUE DEUS É E FAZ.
ESSE ASSUNTO DARIA OUTRO LIVRO....
5.CONHECIMENTO
O CONHECIMENTO É REGULADO PELO ESPIRITO DE DEUS OU AGÊNCI QUE REGULA.
ESSE PILAR É USADA A PALAVRA "SOPHIA" QUE SIGNIFICA "SABEDORIA" OU SEJA A COMPREENSÃO E TRANSMISSÃO DAS COISAS PROFUNDAS DE DEUS,FOCANDO O "DISCERNIMENTO" DE MISTÉIOS PROFUNDOS DADOS DIRETAMENTE POR DEUS.
6.SABEDORIA
COM O USO DA PALAVRA "GNOSCO" ESSE PILAR FALA DE "CONHECIMENTO"(MESTRE),QUE É UMA CAPACIDADE ACIMA DO NORMAL DE ENTENDER E TRANSMITIR TAL CONHECIMENTO.
ENQUANTO "SOPHIA" É DADO DIRETAMENTE,"GNOSCO" É PESQUISADO E ESTUDADO OU ADQUIRIDO MAS NUMA SUPERVISÃO DO ESPIRITO QUE DÁ A AUTORIDADE
7.UNÇÃO
ESSE ATO DE "UNTAR"(CRISMA=UNGIR) ESTÁ AUTOMATICAMENTE LIGADO AO ÓLEO,ORIGEM DO NOME "CRISTO"(NO VELHO TESTAMENTO "MESSIAS").
ESSA UNÇÃO(UNTAR)PODE SER SOBRE PESSOAS OU COISAS COM PROPÓSITOS
ÓLEOS E SEUS SIGNIFICADOS
1. MIRRA
Citado como ingrediente do óleo de unção para o Tabernáculo ( Êxodo 30:23-25)Apresentado pelos magos ao menino Jesus e recusado quando crucificado,mas fez parte das especiarias que O embalsamaram( Mateus 2:11,Marcos 15:23,João 19:39)Ha toda uma preparação para esse óleo ( Cantares 5.5-13,Efésios 2:12).
Chamado de Óleo da Paz (Mateus 2:10-11).
Extraído de uma planta espinhosa que sobrevive no deserto e citada 23 vezes.O frescor que exala dela simboliza a tranquilidade.
Deus nos dá paz mesmo nos espinhos e desertos da vida
Usada no recém-nascido como perfume,contra assaduras e repelente
2. NARDO
João 12:3
Citada em João 12:3 é o óleo da alegria.Óleo perfumado,feito deflores e citado 24 vezes.
Usado ate hoje por perfumistas,assim como foi usado pela mulher que ungiu os pés de Jesus e trouxe a alegria a casa
O que não daríamos para termos alegria?Jesus se deu para a nossa alegria,a unção do Espirito Santo gera a alegria,a unção de Jesus é alegria ( Isaías 61:3,Salmo 45:7,Hebreus 1:9).
Fortalece nossa jornada
3. BÁLSAMO
João 8:22
Óleo pastoso por ser feito de plantas suculentas e citada 16 vezes
Óleo usado pelo Bom Samaritano ( Lucas 10:34),usado pelos sacerdotes para ungir os leprosos(Levítico 14:13-18).
Confirmado por Jesus com ministração de cura e Tiago ( 5:14)
4. AZEITE
Êxodo 27:20
Óleo da oliveira citado 164 vezes
( Desde o ramo da oliveira trazido pós dilúvio pela pomba até Jesus e lágrimas no Jardim Das Oliveiras)
Simboliza a Luz.No AT usado no candelabro e sempre aceso
As 10 virgens também tinham esse óleo ( Mateus 25:1-31),simbolizando o iluminar da nossa jornada
5.ALOÉS
Cantares 4:14
Uma das especiarias mais preciosas.
Salmo 45:8,Provérbios 7:17 aparece com a mirra como perfumes agradáveis e atraentes
Estava nas especiarias que embalsamaram Jesus ( João 19:39)
- Há 250 tipos de aloés
- Gosta de temperaturas tropicais
- Folhas espessas,esguias e espinhosas
- Crescem num talo junto do chão
- Anti-inflamatórias,fungicidas,nutrientes e antibióticas
Purificador do organismo( Aloés de barbado (babosa)
6. CINAMONO
Lauracia aromática
( cânfora,caneleira ).
Alguns falam ser a canela ou a casca de uma árvore
Êxodo 30:23,Provérbios 7:17( Perfume para o leito),Colossenses 4:14 ( Planta imagem da noiva),Apocalipse 18:13 ( canela de cheiro)
Representa a doçura e eficácia
Representa a unicidade ( casais etc....)
7. ACÁCIA
Êxodo 30:24
Semelhante a canela mas vem de uma árvore que produz goma
Simboliza o poder da ressurreição ( Salmo 45.7-8)
Cinamono é retirado do interior da casca ( acácia do exterior da casca)
Ambas cresce onde plantas não conseguem crescer
Repelente
Ressurreição
Obs. O Óleo da Santa Unção é a mistura desses 7 óleos
8. LIBERTAÇÃO
COMO É DO CONHECIMENTO DE TODOS,A IGREJA DO SENHOR ESTÁ REPLETA DE CATIVOS,APESAR DE MUITOS TEREM SIDO ALCANÇADOS PELA GRAÇA,PRECISAM SER LIBERTOS.
ESSE ASSUNTO TAMBÉM DÁ UM LIVRO,MAS NÃO POSSO DEIXAR DE FRISAR QUE A LIBERTAÇÃO ENVOLVE O FÍSICO,A ALMA E O ESPIRITO.
NA UNÇÃO QUE JESUS RECEBEU E CONCEDE A NÓS EM LUCAS 4,COMO CUMPRIMENTO DE ISAÍAS 61 ESTÁ A LIBERTAÇÃO DE CATIVOS,E PAULO EM EFÉSIOS 4 QUE ELE DESTRUIU CATIVEIROS.
LAÇOS DE MORTE TEM MANTIDOS VIDAS EM CATIVEIROS AINDA,CADEIAS INFERNAIS CINGEM PESSOAS QUE AS LIMITA NO CAMINHO DA LIBERTAÇÃO,POR SEREM LUGARES SOMBRIOS E ESCUROS,POÇOS DE LAMA E PERDIÇÃO,MORADIAS DE CHACAIS(DEMONIOS),TERRA DE ESQUECIMENTO,COVAS DE CORRUPÇÃO QUE CORROMPEM AS PESSOAS E AS LEVA PARA OUTROS LAÇOS.
NA MNISTRAÇÃO DA DANÇA,O ESPIRITO MOSTRA ESSES CATIVEIROS ÀS MINISTRAS E LIBERTAÇÕES ACONTECEM
9. EDIFICAÇÃO
A VIDA CRISTÃ É SEMELHANTE À UMA CASA QUE PRECISA SER EDIFICADA(MATURIDADE) E ESSA EDIFICAÇÃO ENVOLVE VÁRIAS ÁREAS DA VIDA E ACONTECE ATRAVÉS DOS MEISO DE GRAÇA DADOS PELO ESPIRITO.
DOS SENTIDOS A VISÃO É UMA DAS FACULDADES QUE MAIS CAPTAM MATERIAL PARA ESSA EDIFICAÇÃO(NÃO PODEMOS ESQUECER QUE A DANÇA ALÉM DA AUDIÇÃO,EXPLORA A VISÃO)QUE TRAZ UM APROVEITAMENTO MAIOR QUE A AUDIÇÃO,PODENDO SOLIDIFICAR ESSA EDIFICAÇÃO.
10. EVANGELISMO
A PALAVRA "RHEMA" NÃO É SÓ PREGADA,MAS COM CERTEZA ANUNCIADA COM COREOGRAFIAS(MOVIMENTOS),DESDE QUE HAJA A PRESENÇA DO SENHOR E SUA GLÓRIA QUE FAZEM A DIFERENÇA EM QUALQUER MEIO DE ANUNCIO,E CLARO A DANÇA NÃO ESTÁ FORA DISSO.
NÃO TENHO DÚVIDAS DE QUE A DANÇA TEM TRAZIDO O AMOR DO PAI PARA A SUA CASA E JUNTAMENTE COM O AMOR DO PAI SEUS SINAIS E MARAVILHAS,FAZENDO COISAS ONDE PESSOAS DISSERAM"AQUI NÃO TEM JEITO",CRIANDO UM AMBIENTE PARA QUE O ESPIRITO FAÇA SUA OBRA DE CONVENCIMENTO DE PECADO,JUSTIÇA E JUIZO.
A DANÇA NÃO ENCONTRA A BARREIRA DA CULTURA OU DO PRECONCEITO E TEM LEVADO ÀS PESSOAS MAIS QUE MÉTODOS OU UM LUGAR CONFORTÁVEL E ALCANÇANDO OS PERDIDOS
11. RESTAURAÇÃO
COMO PRECISAMOS TOCAR NAQUELES QUE ABANDONARAM O "PRIMEIRO AMOR" E VIVER A INTIMIDADE PROMETIDA AOS FILHOS,À VIDA PROMETIDA AOS FILHOS E JOGAR FORA TUDO QUE ATRAPALHA VIVER INTENSAMENTE ESSA VIDA.
TEMOS PERCEBIDO QUE A PRÉDICA COMO FORMA DE ANUNCIAR A PALAVRA ENCONTRA MENTES CAUTERIZADAS,MENTES QUE ACOSTUMARAM COM A PALAVRA FALADA,ASSIM MUITOS SÃO ALCANÇADOS ATRAVÉS DA DANÇA( EU CHAMO ISSO DE "SER PEGO DE SURPRESA").
HÁ PESSOAS QUE JA OUVIRAM OS MELHORES SERMÕES,MAS NUNVA VIRAM OS MELHORES SERMÕES OU SERMÃO NENHUM
CAPÍTULO 7 A MÚSICA E A COREOGRAFIA
O SALMO 150 É UMA PROVA CABAL DE QUE NA LITURGIA DO CULTO A DANÇA É COMPLETAMENTE LEGAL E MESMO QUE ALGUNS,TRADUZAM O TEXTO COMO "CÉU" A BASE SE TORNA AINDA MAIS FORTE,POIS SE NO CÉU SE ADMITE A DANÇA,PORQUE NÃO ADMITI-LA NO TEMPLO?
PRECISAMOS LEVAR A ANÁLISE DO TEXTO AOS QUE NÃO TEM ACESSO Á UMA ANÁLISE MAIS PROFUNDA, POIS OS TEXTOS SÃO MANIPULADOS PARA CHEGAR Á UMA POSIÇÃO DOUTRINÁRIA QUE AGRADE A CERTOS GRUPOS.
A BÍBLIA TEM SIDO USADA COMO DESCULPA PARA CERTAS PROIBIÇÕES.
ACHA-SE BASE PARA A PROIBIÇÃO DA DANÇA,MAS NÃO ACHA PARA O TEATROS EM CANTATAS E OU AS PALMAS,SENDO QUE É O MESMO VELHO TESTAMENTO A BASE PARA PALMAS E DANÇAS E NENHUMA PARA REPRESENTAÇÕES TEATRAIS.AS CANTATAS TEATRAIS SÃO ACEITAS E A DANÇA NÃO.
ISSO MOSTRA A INCOERÊNCIA E A FALTA DE LÓGICA.
FACILMENTE RECONHECEMOS QUANDO A PROIBIÇÃO É HUMANA,MESMO COM BASE BÍBLICA E NO MEIO DESSAS PROIBIÇÕES HA BRECHAS DE INCOERÊNCIA,CONTRADIÇÕES E DESCULPAS SIMPLISTAS PARA TEXTOS CLAROS.
UM PRESSUPOSTO ARGUMENTO HERMENÊUTICO DE QUE A BASE PARA A LITURGIA E O CULTO É SOMENTE O NOVO TESTAMENTO.
HÁ MUITA FALÁCIA EM PROIBIR O QUE DEUS PERMITIU ,TRANSGRIDE DA MESMA FORMA ENSINAR FAZER O QUE DEUS PROIBIU.
O SILÊNCIO BÍBLICO LEVA-NOS A SER FLEXÍVEIS,PORÉM A PERMISSÃO BÍBLICA NOS LEVA AO INCENTIVO E A PROIBIÇÃO É ALGO GRAVE E DIGNO DE REJEIÇÃO.
1. A QUESTÃO HERMENÊUTICA
HÁ UM PRESSUPOSTO HERMENÊUTICO ERRÔNEO SOBRE O ANÁLISE DO TEMA.
PALAVRAS DE UM TEÓLOGO
" Vou começar admitindo, por um momento, que o Salmo 150 está falando do templo em Jerusalém e de danças durante o culto. A pergunta, que deveria ter sido feita desde o início, é se o culto cristão toma sua inspiração, gênese e formato do culto do Antigo Testamento. Para mim, a resposta é negativa, embora com qualificações
E AINDA:
"Ao que tudo indica, os cristãos deram continuidade ao culto no Antigo Testamento apenas no que se refere aos princípios espirituais: a idéia de encontro com Deus, de adoração, de louvor, de solenidade, de alegria, de serviço espiritual como povo do Senhor... mas foram buscar nas sinagogas o formato para este culto mais simples e despojado. Nas sinagogas, instituição onde cresceram o Senhor Jesus e todos os apóstolos, havia leitura e pregação da Palavra, orações, cânticos e bênção"
HÁ ALGUMAS DIFICULDADES NO TEXTO DESSE AMADO TEÓLOGO:
A BÍBLIA NÃO COLOCA MODELO OU FORMATO DO CULTO CRISTÃO.
. A IGREJA SE REUNIA NO TEMPLO DE HERODES(ATOS 2;46,3:1),EM CASAS ( ATOS 2:46,12:12,ROMANOS 16:5,15),EM CENÁCULOS ( ATOS 20:8) E EM SINAGOGAS( TIAGO 2:2) E ATÉ EM CATACUMBAS,LOGO AFIRMAR QUE O MODELO DE CULTO É A SINAGOGA NÃO SE SUSTENTA ALÉM DE SER PERIGOSO JÁ QUE AS SINAGOGAS TINHAM CERIMONIAIS.
JESUS DEIXOU CLARO QUE O FORMATO É QUANDO ESTIVEREM DOIS OU TRÊS ( MATEUS 18:20 ) E O CULTO NÃO SEGUIRIA MODELO NEM DE VELHO TESTAMENTO E NEM DE NOVO TESTAMENTO,POIS A IGREJA PRIMITIVA FAZIA CULTO EM VÁRIOS EM TIPOS VARIADOS DE LUGARES E OS APÓSTOLOS NUNCA EXIGIRAM NADA.
HÁ MAIS TEXTOS DE REUNIÕES E NO TEMPLO DE HERODES DO QUE EM SINAGOGAS.
SOMENTE UMA VEZ EM TIAGO E OS APÓSTOLOS NÃO FECHARAM QUESTAO DE MODELO OU FORMATO DE CULTO,MAS DEIXARAM PRINCÍPIOS QUE INCLUEM TANTO O VELHO COMO O NOVO TESTAMENTOS.PRECISAMOS ANALISAR TODA A PALAVRA E NÃO SOMENTE O NOVO TESTAMENTO ( 1 TIMÓTEO 3:16-17).DEUS É SENSÍVEL COM A VARIEDADE DE CULTURAS E SUAS PECULIARIDADES .
PAULO AO BUSCAR BASE PARA ORDEM NO CULTO BUSCA O VELHO TESTAMENTO( I CORÍNTIOS 14:2021) CITANDO ISAÍAS 28:11-12 E NO MESMO CAPÍTULO PAULO RECOMENDA USAR OS SALMOS (ψαλμος ) CUJO SIGNIFICADO QUER DIZER TAMBÉM CÂNTICOS( 14:26 )
NESSA MESMA ÓTICA DE PRINCÍPIOS DO VELHO TESTAMENTO PARA O CULTO DO NOVO TESTAMENTO PAULO FALA DA CEIA ( I CORÍNTIOS 10:17-21).
OS PRINCÍPIOS DEVEM SER BUSCADOS E ANALISADOS POR TODA A ESCRITURA,POIS ELA TODA É INSPIRADA.
SABEMOS QUE O NOVO TESTAMENTO DÁ BASE PARA QUE DETERMINADAS CERIMONIAS DO VELHO TESTAMENTO NÃO MAIS EXISTAM NO CULTO ( SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS ETC...)QUE SE CUMPRIRAM EM CRISTO OU ERA PARA A NAÇÃO DE ISRAEL,PORÉM CANTAR,BATER PALMA,DANÇAR O NOVO TESTAMENTO NÃO ENSINA QUE CESSOU AO CONTRÁRIO É INCENTIVADO.
O PROBLEMA HERMENÊUTICO AUMENTA QUANDO SE FAZ A DIFERENÇA ENTRE OS ELEMENTOS DO CULTO E AS CIRCUNSTANCIAS,ONDE OS QUE NÃO ACEITAM SÃO ARBITRÁRIOS E DIGNOS DE EXAMES.
NO SALMO 150 NÃO HÁ DISTINÇÃO ENTRE ELEMENTOS E CIRCUNSTANCIAS,MAS COLOCA TUDO COMO FAZENDO PARTE DO CULTO.
NESTE SALMO OS INSTRUMENTOS E A DANÇA FAZEM PARTE DO LOUVOR A DEUS NO SANTUÁRIO....( O INSTRUMENTO MUSICAL,ASSIM COMO A VASILHA E O CÁLICE PASSAM A FAZER PARTE DO CULTO MESMO QUE EM ALGUNS NÃO TENHAM ,POIS NEM TODOS CELEBRAM A CEIA EM TODO CULTO,MAS DE ACORDO COM O QUE A NECESSIDADE EXIJA).
DA MESMA FORMA SE NÃO TIVER INSTRUMENTOS MUSICAIS O CULTO NÃO PERDE SUA ESSÊNCIA,MAS SE TIVER PASSA A FAZER PARTE DOS ELEMENTOS DO CULTO,LOGO SÃO ELEMENTOS DO CULTO ASSIM COMO A DANÇA.
QUANDO SE LOUVA A DEUS COM PALMAS,ESSAS PASSAM A FAZER PARTE DO CULTO,ASSIM COMO O MICROFONE,SE FOR PRECISO PASSA A FAZER PARTE ,POIS AS PESSOAS OUVEM MELHOR.
QUEM É QUE DIZ O QUE É ESSENCIAL OU NÃO NO CULTO?
SÓ PODE SER A PALAVRA DE DEUS E A PALAVRA DE DEUS NO SALMO 150 DIZ QUE INSTRUMENTOS E A DANÇA FAZEM PARTE.
EM 1 CORÍNTIOS 12:28 NÃO TEM COMO SEPARAR ELEMENTOS DE CIRCUNSTANCIAS .
O CULTO ERA BEM DIVERSIFICADO,CABENDO A CADA IGREJA COM BOM SENSO DE ACORDO COM A PALAVRA DE DEUS NA SINAGOGA,NO TEMPLO,NAS CASAS,NO CENÁCULO E ATE EM CATACUMBAS.
COMO AFIRMAR ALGUEM QUE OS PRINCÍPIOS DO SALMO 150 NÃO PODEM SER USADOS NA IGREJA CONTEMPORÂNEA?O MÍNIMO DE CONHECIMENTO DE HERMENÊUTICA MOSTRA O ABSURDO.
CAPÍTULO 7 O corpo na oração
Em um ambiente de fé, onde as pessoas oram, observam-se homens e mulheres se dirigirem à divindade, por meio de palavras, sussurradas ou mesmo colocadas aos berros.
O peso ou a leveza na voz dos suplicantes têm um corpo e, nessa manifestação de fé, é comum entre os hebreus ver pessoas que se prostram e colocam-se de joelhos, a fim de demonstrar respeito e fragilidade; elas também baixam a cabeça, fecham os olhos e levam as mãos ao rosto; em outro momento, podem elevar seus olhos aos céus, procurando perceber a presença divina; e, para terminar de compor esse quadro de louvação, os braços se estendem como se quisessem alcançar a imensidão celestial.
Vários salmos podem ser citados para dar exemplo:
Os Salmos 68 e 95 apresentam uma procissão;
Nos Salmos 5 e 95, os fiéis se prostram e, nesse último, também fazem genuflexão;
No Salmo 138, o corpo todo se coloca em direção ao Templo que ficava no Oriente.
Assim como as palavras, os gestos do suplicante são destinados ao Deus de Israel, tal como se presencia em uma conversação em que os participantes estejam frente a frente e que o falante direciona o seu corpo, a atenção e a tensão dos movimentos ao seu interlocutor.
Os gestos contribuem, portanto, para a criação do ambiente de oração, pois os pensamentos e as palavras ganham corpo, o que reforça a demonstração de fé.
O corpo é quem carrega essas emoções, e, ao ler o texto bíblico dos salmos, percebe-se que os salmistas buscam sempre cantar e colocar em evidência esse corpo cheio de vida.
" Andar, correr e saltar são ações compostas por movimentos classificados como naturais e que estão em atividades motoras corriqueiras do ser humano. Essas ações, em estados emocionais diversos, ganham diferentes intenções e intensidades de acordo com o sentimento envolvido na situação: correr para fugir de um cachorro feroz difere-se, em muito, da corrida até o encontro de alguém que há muito tempo não se vê "
IMPORTANCIA DO CORPO PARA A CULTURA JUDÁICA E A RELEVÂNCIA DOS GESTOS NA COMUNIDADE JUDÁICA
A AÇÃO DO CORPO
Em seu artigo “Body Idioms and the Psalms”, Andy L. Warren-Rothlin fala sobre a pesquisa de Gillmayr-Bucher na qual se afirma que os termos referentes à imagem do corpo contribuem bastante para a o caráter vívido da linguagem do Livro dos Salmos. Para melhor visualizar essa importância, o autor expressa em números essa afirmação, ao contabilizar que, de todo o vocabulário dos salmos, 5,7% dos termos correspondem a partes do corpo humano, e essas palavras só não estão presentes em sete dos 150 poemas.
Silvia Schroer e Thomas Staubli discorrem sobre as pesquisas do campo linguístico acerca da noção hebraica do corpo que, segundo eles:
" não apresenta um sistema derivado de princípios esotéricos, mas parte da observação do corpo e da experiência da vida e se deve a um sistema linguístico que não desenvolveu nenhum conceito abstrato, porém mostra claramente que tem sua origem na corporalidade concreta. "
O que é concreto relaciona-se sempre a algo a mais – com o órgão vem sinalizada também a sua capacidade de desempenhar uma ação. “Um pensamento estereométrico-sintético visualiza um membro do corpo juntamente com suas atividades e capacidades especiais e estas, por sua vez, são concebidas como características de todo homem.”74 Desse modo, além de carregarem significados relacionados, obviamente, a função que lhes é própria, esses termos relacionados ao corpo humano são responsáveis por diversas associações portadoras de valores semânticos culturalmente definidos, tais como:
a) Associação espacial -Coração, estômago, olho são relacionados ao centro; cabeça, ao que é elevado e o que está adiante; mão, lado; pés, para baixo.
b) Associação funcional -Mão pode significar ação, trabalho, posse; boca, discurso; olhos, visão.
c) Associação psicofísica -Coração relaciona-se ao pensar; ventre, à compaixão.
d) Associação supersticiosa - Mão direita representa o bem, a verdade, a justiça; já a esquerda representa o oposto
Assim, a relação entre concreto e abstrato dá-se da seguinte forma:
" O pensamento semítico não se direciona a formas, aparências ou perspectivas, mas sempre para a dýnamis, para o efeito que alguma coisa tem. Quando os israelitas pensavam na mão, no pé, no nariz etc., não se detinham em sua forma exterior, mas sim na ação, no poder que uma mão forte exercia; ou no pé, como gesto de opressão sobre o pescoço do inimigo, ou no fungar raivoso do nariz "
Essa concepção do corpo vale também ao conceito de nefesh, palavra que apresenta inúmeros significados e está relacionada ao que está vivo
" Concretamente relacionada com a garganta, portanto, nefesh não significa apenas o órgão da garganta visível, mas também a garganta audível, que chama, reclama ou grita, e a garganta ávida, insaciável, faminta e sedenta, devoradora ou ansiosa pelo ar. Em resumo: tudo o que entra e tudo o que sai da pessoa humana – ar, água, alimento, voz, fala – concentra-se no desfiladeiro da goela "
Segundo estudo de Hans Walter Wolff, essa palavra aparece 755 vezes no texto da Bíblia hebraica, e a Septuaginta traduz 600 vezes por psykhé. Wolff ainda aponta que a variedade de significado chamou a atenção dos antigos, porém, em estudos atuais, verifica-se que essa correspondência entre nefesh e psykhé no texto bíblico é menor do que se pensava. Contudo, segundo Schroer e Staubli, alguns estudiosos chegam até mesmo a pensar que a tradução bíblica da Bíblia hebraica para o grego não pressupõe os ensinamentos dos filósofos gregos sobre a alma. A psykhé estaria relacionada ao sentido de “sopro”, “força vital”, aproximando-se ainda mais do sentido de nefesh. Essa suposição, porém, não é comprovada.
O que vale ressaltar neste ponto é que a separação entre corpo e alma não cabe no texto da Bíblia hebraica. Interessa lembrar também que são várias e diversas as possibilidades de organizar mental e efetivamente o mundo, e, para o povo hebreu, o corpo é essencial, pois ele funciona como elemento mediador na expressão do Sagrado entre os indivíduos.Sendo assim, a língua hebraica realça essa característica, exprimindo a realidade dos falantes ao estar relacionada a seus pensamentos e a suas ideias. Ao estudar tais palavras, deve-se ter em vista que elas estão em um texto inserido em um contexto, que deve ser sempre citado de forma cuidadosa e situado tão frequentemente quanto possível.
A ação do homem atuante na sociedade tem relevância nos salmos, oração que parte da observação da realidade humana. Além de ser oração, os salmos são poesia, o que significa que, além de expressarem emoção e fé reafirmada pelo gesto, trazem também a poesia feita pelo corpo: a dança. A gestualidade associada à linguagem revela-se de três formas:
. Redundante, com o gesto complementar à palavra
. Precisa, quando dissipa ambiguidades.
. Substituindo-a, quando o gesto é a própria informação, o não dito.
Nesse último grupo enquadra-se a dança, que “vem da necessidade de dizer o que as palavras não dizem.
É um meio eficiente de encontro consigo e com o próximo, com a criação e o criador. É uma forma de oração, um ritual social e sagrado”. “A dança expande, em sua plenitude, qualidades comuns a todos os gestos humanos.” Se o gesto reforça a oração feita pela palavra cantada, a dança é a própria oração."
"A oração é designada como a via de comunicação da alma humana com Deus. Injustamente, pois na oração tanto a alma quanto o corpo participam. Uma oração puramente espiritual é adequada aos anjos, mas não às pessoas, com sua natureza espírito-corporal. As formas corporais correspondentes às orações interiores que pertencem à oração humana"
A dança é uma linguagem não verbal e simbólica: sua representação ultrapassa a experiência vivida, e sua execução não pode ser reduzida a palavras. A dança, como se vê, escapa das “amarras do verbo”, porém, tal como acontece ao signo verbal, ela é expressão de uma sociedade e, consequentemente, está imbuída de valores e crenças sociais. Isso faz com que a concepção de dança esteja associada à cultura de um povo e seja, portanto, variável. Lilian Wurzba, em seu artigo “A dança da alma”, esclarece que a dança se faz por meio do gesto, mas não é puramente gesto, tampouco conta uma história linear:
" Há muita confusão com relação ao que é a dança.Alguns concebem a dança como uma interpretação da música ; outros veem na pantomima a base da dança como se, por meio desta, um enredo fosse transmitido sem o uso da palavra, recorrendo-se a movimentos expressivos. Mas isso é mímica: movimentos que representam uma realidade conhecida, um gesto descritivo.. "
No contexto bíblico, por exemplo, a dança poderia, então, possuir grande valor espiritual, e assim, ao considerá-la simples gesto, esvazia-se seu conteúdo, uma vez que seus movimentos estão em um contexto mais amplo, contidos no rito, onde a ação é simbólica e possui qualidade de um conhecimento transcendente.Cabe ressaltar, no entanto, que essa caracterìstica de “dança espiritual”, em outra comunidade e em dada circunstância temporal, poderia não ser real ou relevante.
Cria-se, de fato, ao se iniciar um estudo, uma tensão entre o estudo do fenômeno da dança – dentro de suas próprias circunstâncias e conforme seus conceitos e atitudes – e de seu contexto mais amplo e imediato.Diante de diversas definições atribuídas à dança, Wurzba conclui que, uma vez que não se encontra compatibilidade entre as várias culturas, a influência de uma interpretação cultural deve ser retirada ao classificar esse fenômeno cinestésico que é a dança.
Sendo assim, a fim de se mostrar uma visão mais abrangente, de imediato será sugerida uma concepção geral da dança; na sequência, serão atribuídas suas classificações conforme sua manifestação em uma dada comunidade, ou seja, será analisada a dança inserida em um contexto, com uma função social determinada e, a partir disso, será estudado o fenômeno dentro de uma esfera específica, qual seja: a dança da comunidade judaica manifesta no texto bíblico.
ABORDANDO A SEPTUAGINTA
Por volta dos séculos II a IV a.C., sábios eruditos judeus são convocados pelo rei Ptolomeu II Filadelfo para realizar um grande empreendimento tradutório: transpor a Bíblia hebraica para a língua grega. Esta é a base da lenda que envolve a Septuaginta, cujo nome faz menção a seu surgimento: seis homens de cada tribo de Israel, ou seja, 72 tradutores, se incumbiram dessa imensa tarefa.
Desse modo, nesse sentido original, pode-se considerar como “Septuaginta” somente o que se produziu em Alexandria, durante a diáspora, ou seja, só o que corresponde à mais antiga tradução dos cinco primeiros livros de Moisés, a Torá. Posteriormente, no cristianismo primitivo, o termo se estendeu aos demais livros, os Profetas e os Escritos, passando o numeral grego a contar todo conjunto da Bíblia hebraica, assim como também às diversas adições a Ester, Salmos, Jeremias e Daniel – livros deuterocanônicos (ou apócrifos), que eram permitidos para o uso eclesial, e que foram, mais tarde, admitidos no cânon da Igreja católica e só existiam em grego, ou eram traduções gregas de livros hebraicos ou aramaicos que o cânon judeu não reteve. 22 A última acepção mais ampla do termo “Septuaginta” é a que se mantém na atualidade.
A tradução da Torá ao grego foi um fenômeno único e teve um impacto cultural sem precedentes na história da tradução. “As escrituras foram os únicos escritos religiosos da Antiguidade que tiveram o privilégio de serem vertidos para a língua de Homero.”25 Se, por um lado, os tradutores dão mostras de um conhecimento das línguas grega e hebraica, à sua volta o esquecimento do hebraico abrange grande parte da população. Nesse tempo em que se produzia o texto da Septuaginta, hebraico (evoluindo para o hebraico mishnaico), aramaico e grego coexistiam, com predominância, porém, desse último, bem comum às diversas comunidades judaicas, condição esta que se manteria por vários séculos. Sendo assim, a expansão do helenismo e o prestígio grego da koiné como língua franca e literária são elementos importantes para que a tradução do texto bíblico ocorresse. Devido às necessidades litúrgicas e pedagógicas da comunidade judaica de Alexandria, a qual desconhecia o hebraico naquele momento, era imprescindível a elaboração de uma tradução.
O texto bíblico grego é tido como um dos documentos literários mais relevantes para se compreender a vida religiosa, intelectual e política diversificada e em constante desenvolvimento do judaísmo antigo na pátria palestina e na diáspora ocidental ao mesmo tempo que proporciona informações sobre a formação e o desenvolvimento da fé cristã.
Nas coletâneas judaicas das Sagradas Escrituras hebraicas, os livros são estruturados de modo a explicitar o desenvolvimento de seu significado assim como o período da conclusão da coletânea parcial no judaísmo antigo, orientando-se, portanto, pela cronologia do tempo narrado e pelas necessidades práticas, isto é, o aproveitamento máximo dos rolos. A sequência Torá-Profetas-Escritos estabeleceu-se muito cedo, apesar de a ordenação detalhada dos distintos livros bíblicos frequentemente não ser considerada normativa pelos copistas judeus, especialmente nos Escritos, cujas divisões do texto em parágrafos, seções e livros remontam a ciclos litúrgicos de leitura e recorte em perícopes que correspondem ao ofício da sinagoga. Os manuscritos do Mar Morto, a Septuaginta e o Texto Massorético atestam vários sistemas de divisão.
É possível que o abandono gradual da Septuaginta por parte dos judeus contribuiu para a fixação do cânone no fim do século I d.C., o qual excluía obviamente vários livros da Bíblia grega. Na Igreja antiga, a Septuaginta torna-se o Antigo Testamento cristão, notadamente mais extenso que a Bíblia judaica, o que é considerado por grande parte dos professores eclesiásticos maior variedade textual, não sendo entendido como um critério essencial da distinção avaliativa dos escritos bíblicos, ao se classificarem os livros como “prioritários” e “secundários”
O cânone hebraico se encontra no cânone grego, que apresenta textos suplementares, que são frequentemente designados como “deuterocanônicos”. Além disso, a disposição dos livros e dos conjuntos de livros não é correspondente nos dois cânones, sendo que a diferença se apresenta nos Escritos, que foram separados em duas partes – os Livros históricos e os Profetas –, e a coletânea dos Profetas foi colocada no fim do livro.
Essa mudança nos livros, que significou divergência entre Bíblia hebraica e grega.
O cristianismo adotou a Septuaginta e a interpretou autonomamente, relacionando-a à vinda do Cristo, o que leva o judaísmo a delimitar o texto, por meio de novas traduções gregas e amplas recensões – processos indicados na seção anterior –, e reconduzi-lo à tradição hebraica, considerada a única autêntica.
O LIVRO DOS SALMOS
O estudo do Livro dos Salmos parte do princípio de ser esta uma antologia em que a dança está presente de modo significativo.
Como os demais livros da Bíblia, os salmos brotaram dos sofrimentos e das emoções das pessoas, o que evidencia que, assim como o caráter de elevação espiritual, é importante ter em conta o momento de produção salmística, pois esse tipo de manifestação é a forma que Israel encontrou para expressar sua fé e o confronto com os problemas mais ordinários do dia a dia.
Um dos temas mais importantes na Bíblia hebraica é a relação estabelecida entre Deus e a humanidade, laço este que se estreita também por meio dos salmos, oração de corpo inteiro, do indivíduo e da comunidade.a dança faz parte dessa manifestação do povo de Israel, no intuito de estabelecer a comunicação com Deus, louvando-o com júbilo.
Até hoje, os salmos permanecem fonte inesgotável para judeus, cristãos e comunidades de quaisquer outras religiões, pois eles alimentam vidas e amparam mortes ao exprimirem a caminhada de um povo em oração. “Os salmos continuam sendo preces e continuam sendo poesias. Isso lhes confere passaporte universal, porque podem ser compreendidos por todas as pessoas. Quanto mais se mergulha em seu sentido poético, mais se compreende a sua riqueza orante.
Na Bíblia hebraica, encontram-se os louvores, tehillîm ou Sefer tehillîm: “Tehillîm é plural irregular de te hillâ, feminino, de onde se deveria esperar antes tehillot. O sentido de t e hillâ é canto de louvor ou hino.”
Na Septuaginta, lê-se psalmós, que se refere ao ato de fazer vibrar as cordas de um arco, as cordas de um instrumento musical, e indica cada composição da coletânea.
Já na versão latina, “saltério” remete ao termo grego psaltério, instrumento de cordas, um tipo de harpa, que passa a indicar os salmos que desse modo eram acompanhados.
Essas palavras do campo semântico musical se fazem canção, poesia e oração, e originam os salmos bíblicos, que nascem partindo da observação da realidade, da expressão de emoção e de fé, tudo isso misturado num poema.
Os textos bíblicos em geral, e os salmos em particular, são testemunhos que comunicam a experiência religiosa fundante .
Os salmos refletem os acontecimentos da história, o progresso da revelação e da fé de Israel, portanto, são memória viva de um diálogo milenar entre Deus e seu povo: com eles os orantes se rejubilam, se entristecem, relembram as promessas antigas e alimentam suas esperanças. A história do povo de Israel, com êxitos e catástrofes, vira, assim, oração que se faz pela abordagem dos salmistas, que sempre buscam enxergar as realidades da vida na perspectiva divina.
A partir da intervenção de Deus na história, os israelitas sentem-se envolvidos no plano de salvação.
É na oração que eles lembram a Deus o compromisso assumido por Ele e desenvolvem uma consciência de pertença a Seu povo, reforçando a fé e a certeza de que a Aliança não deve ser esquecida.
O século II a.C. apresenta os salmos como fazendo parte da terceira coleção – os ketubim, os Escritos – deliberadamente concebida como uma antologia dos gêneros literários presentes em textos da comunidade judaica, ao selecionar o que essa literatura tinha de mais notável, pretendendo, definitivamente, ser a literatura judaica por excelência. Apesar de a classificação dos livros poéticos abarcar apenas três livros – a saber, os Salmos, Cântico dos Cânticos e Lamentações –, o texto bíblico é repleto de manifestações poéticas. Desse modo, apesar de trazerem elementos de poesia, os livros que não são considerados poéticos estão em função de outros objetivos e gêneros, tais como proféticos e sapienciais.
A história da formação do Livro dos Salmos reflete e refere-se aos sucessivos momentos da história do povo de Israel. A memória dessa experiência é transformada em oração. Apesar de o livro ter sido elaborado por volta do século III a.C., a criação dos salmos, no entanto, não é concomitante, pois muitos são bastante anteriores, dos períodos monárquicos, do exílio e do pós-exílio da história de Israel. Alguns salmos podem até ser anteriores à monarquia.
Segundo Tilly, “estudiosos concordam em afirmar que os cânticos hinos e súplicas contidos nos salmos surgiram, foram retomados, relidos e até refeitos ao longo de um milênio, da época de Davi até o tempo dos macabeus”. 49 Porém, mesmo com essa concordância geral a respeito da formação do livro, não há unanimidade sobre a datação de cada salmo, quando tomado separadamente. Mesmo tendo essa relação com a história de Israel, os salmos, para todos os efeitos práticos, não podem ser datados, nem sequer aproximadamente nem pelo seu conteúdo, nem ainda pela sua linguagem e estilo poéticos. Momigliano aponta que “o manuscrito de salmos do Qumrã demonstrou que no século II ou mesmo no século I a.C. a coleção dos salmos ainda estava aberta a modificações”
“Assim como Moisés deu cinco livros de leis a Israel, assim Davi deu cinco livros de salmos a Israel”: é dessa forma que um comentário rabínico evoca a estrutura do Livro dos Salmos, o que evidencia a intenção de transformá-lo em uma “Torá de Davi”, por assim dizer, indicando a orientação do Livro dos Salmos pela Torá, modelo de texto canônico e litúrgico.
A suposta datação de alguns salmos remetentes ao tempo de Davi e as referências feitas a ele, no texto bíblico, como “o favorito dos cantores de Israel” (2Sm 23,2) elevam-no à categoria de patrono dos salmistas, levando, consequentemente, a uma “davidização” da tradição sálmica. Repetidas vezes, Davi é apresentado como músico, hábil tocador de cítara (1Sm 16, 16.23; 18,10; 19,9).
Muitos salmos, portanto, fazem menção a Davi e também se referem a outros levitas e cantores do templo, como os filhos de Core e Asaf. Essas indicações, além de tentarem desvendar a autoria dos salmos, nos mostram que o livro pode mais ser comparado com nossos livros de cânticos nas igrejas do que com uma coletânea de orações individuais.
Uma questão que se coloca ao falar da composição dos salmos é a respeito dos cultos em Israel da Bíblia hebraica, os quais se classificavam em dois tipos: um deles era vivido nas pequenas aldeias do interior e nos santuários locais, caracterizado como doméstico e familiar, sendo mais ligado às tradições cananeias da sua cultura;
Já o segundo tipo era o culto oficial no Templo de Jerusalém, dirigido pelos sacerdotes e levitas, mais ligado aos sacrifícios de animais e que, nas festas e grandes acontecimentos do ano, reunia todo o povo.
Os salmos individuais nasceram, portanto, ligados aos santuários do culto caseiro e de interior, enquanto os de louvor coletivo vêm do templo.
Sigmund Mowinckel defendia o princípio de que o culto era o ato criador dos salmos.
Contra alguns que sustentavam serem os salmos expressões da oração individual, ele contestava uma religião interior sem culto.
De fato, a cultura judaica é essencialmente comunitária e prática, e não tanto mística e interiorizada. Alguns cânticos do Templo de Jerusalém compõem o Livro dos Salmos, como as “liturgias de entrada no santuário” (Sl 15) ou as “orações de ação de graças” (Sl 22) que serviam de modelo nas festas familiares no Templo (Dt 12:7)
É provável que a unidade de um ou outro salmo seja igualmente constituída por sua orientação sobre um desenvolvimento litúrgico. Entretanto, contrariamente aos critérios evidentes de uma estrutura “formal” ou “histórica”, a identificação dos elementos litúrgicos e de seu encadeamento em um salmo continua relativamente hipotética, uma vez que os textos bíblicos quase não fornecem informações precisas sobre a liturgia do culto no Israel monárquico e nas sinagogas pós-exílicas
Também não se sabe exatamente como os salmos eram usados nos cultos cristãos dos primeiros séculos, dado que não há indicações de rituais ou de esquemas litúrgicos que indiquem a sua prática em curso. Há indícios, no entanto, de que os cristãos continuaram com o costume da piedade judaica de orar, ao menos três vezes por dia.
A oração contida nos salmos, como será demonstrada adiante, poderá ser também relacionada ao que é material e exterior: ao corpo, ao movimento, à dança contida no rito, definido por Aldo Natale Terrin como momento-espetáculo que apresenta a vivência imediatamente real.
No Livro dos Salmos, de acordo com Arthur Weiser, há “numerosos fragmentos da liturgia do culto e alusões a procedimentos cúlticos”. E, apesar de essas informações não permitirem que se reconstruam os detalhes da sequência da festa, elas trazem à tona elementos essenciais da tradição do culto, da festa, que é, para o autor, o contexto vital da maioria dos salmos e dos seus gêneros literários, o que de fato confere ao Livro a viva unidade interior.
Nas orações comunitárias, provavelmente, o canto dos salmos tinha um papel importante, uma vez que, dentre os livros da Bíblia hebraica, o Livro dos Salmos, juntamente com o de Isaías, é o mais citado em todos os textos neotestamentários.
A recitação dos salmos tinha uma dimensão mística e criativa. O momento de rezá-los não se configurava somente em recitar as orações que outros tinham feito de forma mecânica, inconsciente, mas também para que cada pessoa vivenciasse sua própria união com Deus. O ideal era que se aprendesse a rezar o salmo de tal maneira a fim de que se despertasse a vontade de formular seu próprio salmo. Jesus aprendeu a lição dos salmos, chegou a fazer sua própria oração e a ensinou aos apóstolos, que o transmitiram para nós: o Pai-Nosso.
Composto por 150 salmos, as cinco seções se dividem do seguinte modo, considerando-se a numeração do texto hebraico, o Massorético: a primeira vai do número 1 ao 41; a segunda, composta pelo 42 ao 72; 73 a 89 fazem parte da terceira; 90 a 106, da quarta; e, finalizando, os salmos 107 a 150 são componentes da quinta seção. Divide-se dessa forma partindo da observação da semelhança entre as doxologias que encerram os salmos.
De acordo com análise de Martin Rose, “os responsáveis por essa estruturação esforçaram-se para colocar as cesuras em dados literários evidentes”. Assim, o primeiro livro encerra a primeira coleção davídica; o segundo coincide com o fim das “Orações de Davi”; o conteúdo destoante do Salmo 89, que encerra o trecho messiânico, faz com que ele seja o último do terceiro livro; os salmos que constituem a quarta parte são relacionados ao Salmo de Moisés e os Salmos do Reino; já a última parte não tem uma doxologia análoga às demais, o que faz Rose acreditar que toda ela encerra o Livro dos Salmos.
O livro bíblico dos Salmos não é um escrito contínuo apresentado em 150 capítulos, mas claramente de uma coletânea que reúne numerosas pequenas unidades literárias que, apesar de todas as “contextualizações” secundárias, sempre conservaram sua “individualidade” particular. A profunda diversidade que caracteriza a origem desses textos poéticos e da sua função primitiva está além da unificação proposta aos Salmos, que, tendo em vista seu longo processo de construção, se considera como um aspecto secundário e tardio.
A numeração do Livro dos Salmos da Bíblia hebraica diverge daquela presente na Septuaginta. Logo de início, verifica-se que a Bíblia grega compreende um salmo suplementar, o salmo 151
Além disso, do salmo 9 ao 147, a numeração da Septuaginta difere da do Texto Massorético, sendo que a do grego é em geral inferior em uma unidade à do hebraico massorético. Talvez a numeração do grego seja original, por unir os salmos 9 e 10 (LXX 9), que constituem um só poema em forma de acróstico. Vários manuscritos hebraicos reúnem, como a Septuaginta, os salmos 114 e 115. Na Bíblia grega, os títulos dos salmos são mais numerosos e mais desenvolvidos que no texto hebraico.61 O Quadro 4 explicita a diferença da divisão dos textos nas versões.
Na Bíblia grega, os títulos dos salmos são mais numerosos e mais desenvolvidos que no texto hebraico. Esses acréscimos são em sua maior parte de origem judaica e descrevem o uso desse livro na liturgia judaica.63 Esses títulos não correspondem a indicações históricas exatas, sendo considerados como secundários em relação ao próprio corpus poético dos salmos e não garantem, portanto, um entendimento autêntico dos textos. Tais títulos foram acrescentados posteriormente pela tradição judaica e não se deve excluir que, já nesse cabeçalho dos salmos, se possam reconhecer as primeiras tentativas de classificação formal. Os biblistas têm tentado há séculos entender certas palavras utilizadas nos sobrescritos no sentido de termos genéricos, mas as informações etimológicas e históricas são insuficientes e não permitem obter clareza sobre essa questão. Já os tradutores dos séculos III e II a.C. não estavam mais em condições de entendê-los de forma correta. A maioria desses títulos alude a instrumentos de música, festas, entrada no templo, procissões e sacrifícios. Certamente deve-se ler os salmos no contexto de toda a literatura da Bíblia hebraica, do qual fazem parte e à qual remetem constantemente.
UM CONCEITO GERAL DE DANÇA
O movimento é o fundamento da dança, mas não a dança propriamente dita. Os gestos produzidos pelo corpo, ao estarem isolados, não passam de uma cena retirada do cotidiano. A dança escapa ao que é conhecido. Quando um grupo dança, o que se vê não são pessoas correndo desenfreadamente de um lado para o outro ou simplesmente saltando. Os movimentos da coreografia podem ser estes, correr e saltar, mas o processo envolve outros elementos constituintes, e é o que será demonstrado a seguir.
Além do movimento, são vários os fatores que se unem e fazem com que a ação seja classificada como “dançar”, e um deles é o ritmo, tanto para o movimento e também para o som, por meio da música.
Este é um elemento essencial, mas também não é o bastante para se construir a dança.
Sabe-se que interpretar o ritmo sugerido pela música não é dança. E atividades cujos movimentos são simplesmente ritmados também podem tranquilamente não ser dançar.
Remar, por exemplo, é uma ação que exige um ritmo a fim de que ganhe forma e se concretize. Uma pessoa que se coloca a remar, rápida ou lentamente, em um rio de águas cristalinas, em direção ao pôr do sol, pode até sugerir uma forma poética, mas não significa, por isso, que ela esteja necessariamente dançando: o remador pode se dirigir a esse lugar para fazer uma ação cotidiana, ir à outra margem do rio ou navegar para simplesmente pensar na vida.
No exemplo anterior, ao ritmo e ao movimento, soma-se outro elemento, o espaço, o rio em que o remador conduz o seu barco – sim, uma pessoa pode propor se arriscar a dançar nesse espaço amplo e instável, considerando, respectivamente, a imensidão do rio e a fragilidade de um barco navegando em uma corrente de águas imprevisíveis. A luz avermelhada do pôr do sol ajuda a melhor compor o cenário, criando variações e efeitos adequados. Assim, o quadro construído pode ser imaginado como uma expressão poética – ou beirar à cômica, caso o barco vire acidentalmente, e a pessoa caia, sendo levada a completar a cena com outro repertório rítmico de ação, a nado –, mas isso é insuficiente para caracterizar essa cena como uma dança.
Até aqui, então, tem-se que movimento, ritmo e espaço, ao serem tomados de forma isolada e cotidianamente, são elementos insuficientes para a criação de uma dança, o que faz dar prosseguimento ao esforço para a elaboração de um conceito.
Em seu texto, Wurzba cita o estudioso Curt Sachs, o qual define a dança, em sua pesquisa, como “„mãe das artes‟, pois enquanto a música e a poesia têm existência no tempo, a pintura e a escultura existem no espaço, a dança se desenvolve no tempo e no espaço”.
O tempo e o espaço da dança não correspondem ao tempo real e ao espaço conhecido,antes de ser uma expressão, a dança manifesta as experiências interiores do homem e, por meio de desenhos rítmicos do movimento, representa seu mundo visto, vivido ou imaginado. “O homem quando dança sai do tempo cotidiano para penetrar no vazio, onde não há tempo, bem como abandona o seu espaço para chegar no infinito.
“Dança” o movimento produzido em um tempo ritmado do corpo, executado em um espaço plástico, capaz de se modificar, de ser moldado –, com intenção artística ou como forma de expressão subjetiva ou dramática.
A dança espacializa o jogo proposto pelo corpo do ministro, que se torna canto de sua materialidade.
Essa união entre indivíduo e espaço estabelecida pela dança expande-se, levando o ministro também a se relacionar com o outro, com o espectador, pois ela amplifica a “percepção calorosa de uma unanimidade possìvel”. A dança representa a junção entre os campos cinético, sensorial e linguístico, e a força de sua energia intensifica sua vivência.
O que encontramos na dança é uma união de seus elementos numa totalidade indescritível. O espaço, o tempo (o ritmo), os corpos em movimento, as luzes e os adereços, ou quaisquer outros elementos, embora presentes, parecem não mais existir, na medida em que dão lugar à dança. Uma dança é experienciada e reconhecida muito além de seus elementos constituintes. Toda dança nos remete a uma outra dimensão da existência, onde as condições espaciais e temporais adquirem novos significados.
Para a dança ser compreendida em sua totalidade é necessário, além de perceber o que é comum nessa atividade – os seus elementos constitutivos e a sua natureza, compartilhados em toda e qualquer dança –, estudá-la e compreendê-la em circunstâncias apropriadas, inserindo-a nos vários contextos existentes, considerando, por exemplo, o local e a situação artística e cultural, o que impulsiona, desse modo, o surgimento da noção de tipos de dança.
Por exemplo, uma distinção pode ser feita entre as danças tradicionais, que geralmente têm uma função cerimonial, comemorativa, são populares, ou seja, “do povo”, e tendem a perdurar, e as danças sociais que também são populares, mas estão mais preocupadas com o reforço de relações individuais e de grupo, são uma forma de entretenimento e estão sujeitas a rápidas mudanças na moda.
A performance está intimamente relacionada ao percurso experienciado pelo indivíduo e pela comunidade. “Esse trânsito está fortalecido por um impulso de resistência à dissolução de componentes culturais e ideológicos que atuam como resíduos culturais que integram as pessoas a uma região, a uma paisagem, e que passam a ser pele, olhos, roupas, gestos, fala.
Esse desenvolvimento da dança, isto é, sua modificação segundo o contexto em que ocorre, será o tema abordado a seguir.
O foco será dado às categorias em que a dança hebraica, presente no texto bíblico, se insere, tendo como objetivo melhor caracterizá-la e, assim, situá-la na comunidade, no espaço em que ganha forma.
O MO(VI)MENTO DA DANÇA
A “dança é uma manifestação espontânea do ser humano”, “contemporânea da humanidade”, pensamento este apresentado por Wurzba .Apesar de ser delicado indicar com precisão o início da dança, pode-se dizer que ela está presente em épocas e culturas várias, desde as mais primitivas até nossos dias.
A dança como fruto da necessidade de expressão do homem, por ela estar relacionada ao que há de básico na natureza humana. “Assim, se a arquitetura veio da necessidade de morar, a dança, provavelmente, veio da necessidade de aplacar os deuses ou de exprimir a alegria por algo de bom concedido pelo destino."
Expressão do indizível, a dança sagrada permite que o ser humano transcenda.
O judaísmo traz essa noção de tempo, uma inovação para as religiões até então praticadas: o tempo tem um começo e um fim. Os hebreus recorrem ao Deus supremo em situações extremamente críticas, de crises históricas em que a existência da comunidade se encontra em estado delicado. A manifestação de Deus se dá em um tempo determinado, inserido na história, e essa história é festejada em celebrações que, além de banquetes e músicas, traziam lições acerca do passado na nação. “A história cantada e recitada nessas festas era a história de como Deus havia dado a terra a seu povo, terra cujos produtos eram consumidos e celebrados nas festas.” Nas festas de Israel o povo se reunia e certamente cantavam os salmos."
São três as grandes festas desse povo
.
1. Na primeira delas, a Páscoa, celebra-se a libertação proporcionada por Deus e comemora-se com alegria. Ela ocorria no 14º dia do primeiro mês e era seguida pela Festa dos Pães Asmos, que durava uma semana, com uma celebração especial no último dia.
2. Em outra festa, a Festa das Semanas ou das Primícias,
3. Mais tarde conhecida como Pentecostes, os primeiros 50 dias de colheita eram comemorados.
Já a Festa da Colheita celebrava o fim da colheita.
Ela se unia à Festa dos Tabernáculos, e ambas compunham uma grande comemoração. Essa festa relembrava a época em que os israelitas viveram em tendas, e eles, desse modo, deviam habitar, por uma semana, cabanas feitas de ramos de árvores.
A dança auxiliou o desenvolvimento humano de modo integral ao contribuir para a sociabilidade humana .
Cabe salientar a importância do termo “corpo”, indicando que no ritual a mente não é elemento predominante: o movimento é igualmente essencial. E é o corpo que localiza o homem de modo histórico e social. A festividade ajuda a manter passado, presente e futuro relacionados.
Ao conservarem vivências e seguirem um calendário preestabelecido – dando um ritmo ao tempo, com a reatualização e rememoração de eventos –, os ritos sacramentais e as festas convergem para o mesmo objetivo, o de manter a estabilidade humana.
O desenvolvimento da dança a conduz do templo aos palcos: da dança litúrgica, celebrada por sacerdotes; vai às aldeias, passando ao folclore que tem caráter popular; e segue para as festas, os salões. A dança sai daquilo que é ligado ao campo do sagrado e se apresenta em atos privados de significado religioso. No texto bíblico, é possível vislumbrar a presença da dança em ambientes festivos de caráter religioso assim como em festas familiares. Nessas ocasiões, o caráter luxuoso do ambiente é indicado, como no Salmo 44, em que se espera pela entrada da princesa no palácio real.
Em outras culturas, a dança também é apresentada a grandes públicos, no âmbito teatral. No entanto, na cultura judaica, não se vê esse movimento, tal como ocorre com os gregos: a dança executada em peças teatrais, os coros, desenvolveu técnicas gestuais precisas, gestos miméticos e movimentos significativos.
Única em seu contexto cronológico, [a dança hebraica] é praticada sem máscaras, indubitavelmente devido a interditos religiosos. Finalmente, apresenta um caráter absolutamente excepcional: suas formas e seu espírito – ela conservou sua função religiosa – não evoluíram: o povo hebreu é o único a não ter transformado sua dança em arte
CAPÍTULO 8 QUALIDADES DE UM MINISTRO DE DANÇA
1. CHAMADO
Primeiro vem o " chamado ",depois a habilidade
2. HABILIDADES
Há habilidades naturais e habilidades que são aprendidas
3. ADORADOR
Um ministro que viva uma realidade e não uma representação
4. MATURIDADE
a) Caráter de adorador
b) Vida de santidade
c) Vida de integridade
d) Vida de renúncia
e) Coração humilde
f) Submisso
g) Ensinável
Observação: Novos na fé,precisam ser trabalhados
5. SENSIBILIDADE ESPIRITUAL
Básico para saber a direção de Deus
6. ORAÇÃO
É fundamental gastar tempo orando e não com roupas,adereços,maquiagens...
Tem que ter excelência na oração
" DEUS NÃO VÊ DANÇAS ,VÊ CORAÇÕES " ( L.R.A.S.)
É a oração que deixará esses corações limpos e adornados
De acordo com Mateus 7:7 ha 3 tipos de oração: PETIÇÃO,DEVOCÃO E INTERCESSÃO
7. SINTONIA COM A LIDERANÇA
Seguir orientações e estar atento produz essa sintonia
CAPÍTULO 9 A DANÇA DOS CORPOS
O foco deste capítulo está em contemplar o corpo que é vida, destinado a comunicar e encontrar o divino, integrando-se com o sagrado.
A tentativa foi a de ler o texto bíblico e, a partir da leitura dessa palavra materializada e transmitida pelo papel, entrever o corpo que nele se coloca: corpo que sofre, alegra-se, ora e dança.
Essa dança encontra-se apagada, relegada ao segundo plano, em registros escritos.
Ao direcionar luz a essas performances, remete-se a algo que vai além do que está registrado, escrito, indo ao encontro do que é da esfera corporal.
Na Bíblia hebraica, a relação estabelecida entre Deus e a humanidade está em relevo, e o Livro dos Salmos, texto central deste capítulo, é um dos instrumentos utilizados capaz de fortalecer esse laço, pois seus poemas tratam de uma oração de corpo inteiro : " São poemas que se fazem canção, poesia e oração por meio da voz e da dança". Nesse Livro, o corpo é apresentado como elemento fundamental, que se insere em uma comunidade e está em relação com o outro e com o divino. Para isso, dez salmos são lidos e analisados a partir da dança, da tentativa de perceber ali performances de um corpo presente.
DO TEXTO AO CORPO
Este foi o trajeto que se seguiu neste capítulo.
O estabelecimento do texto bíblico e a elaboração de suas traduções foram feitos no Tópico 1, passando pelo corpo nos Tópicos 2 e 3, em que se analisaram a dança e suas especificidades no contexto apresentado, na comunidade hebraica.
A Bíblia é lida, por esse viés, sob a força e a forma do movimento: o movimento do texto, de uma língua a outra, e o movimento do corpo, do gesto à dança. O que se imprime no corpo do texto é passível de ser levado ao corpo, e ser um texto no corpo com a dança.
COMO LER OS SALMOS ?
O estudo crítico da Bíblia pode ser feito de várias formas.
A crítica textual, por exemplo, examina cientificamente o texto bíblico, assim como a crítica histórica, busca “esclarecer” a origem desse texto: a primeira busca o texto primordial, ao passo que a última verifica a veracidade das afirmações ali colocadas.
Konings fala que “ciências auxiliares” – arqueologia, paleografia, filologia, geografia e até mesmo biologia, medicina – também entram em campo para detalhar ainda mais a análise.
Do ponto de vista teológico:
Ler a Bíblia é tornar-se judeu crente com Jesus, judeu crente; e, quanto ao Novo Testamento, judeu cristão da primeira hora, com os Apóstolos e Evangelistas que eram judeus cristãos da primeira hora. A gente se mete na carne dessas pessoas, se deixa contagiar por sua cultura, por sua maneira de perceber o mistério de Deus cujos pensamentos estão acima dos nossos como o céu acima da terra, Deus que é espírito (João 4,24)
Konings fala como homem de fé. Entretanto, e sem dúvida, há que se pensar que se pode ler a Bíblia sem um percurso da fé. Todavia essa polêmica é tema deste tópico.
Para céticos e crentes, queremos pensar a Bíblia como poesia. Ao ler a Bíblia e estudá- la, deve-se buscar outros autores e, certamente, dialogar. O caminho é longo, amplo e, por várias vezes, são muitas as possibilidades que surgem adiante, bastante diversas entre si. E, bem observa Konings, essa “especialização” explica o porquê de a investigação bìblica ter se “tornado um templo inacessível para o comum dos mortais e, também, para muitos biblistas. É necessário confiar nas pesquisas dos outros.
Para este tópico, busca-se o caminho contrário da dança de Salomé : o foco é o corpo que é vida, é organizado e contempla mais o movimento destinado a comunicar e encontrar o divino, integrando-se com o sagrado. Ampliou-se o quadro de análise da cena de uma festa da corte para a celebração de toda comunidade, em rituais. A tentativa que se fez nesta jornada foi a de ler, conhecer o texto bíblico e, a partir dessa leitura, a partir da palavra materializada e transmitida pelo papel, entrever o corpo que nele se coloca: corpo que sofre, alegra-se, ora e dança.
Devido a vários aspectos que serão abordados ao longo da dissertação, essa dança encontra-se apagada, relegada ao segundo plano, em registros escritos.
Ao direcionar luz a essas performances, remete-se a algo que vai além do que está registrado, escrito, indo ao encontro do que é da esfera corporal.
Na Bíblia hebraica – para os cristãos, o Antigo Testamento –, a relação estabelecida entre Deus e a humanidade está em relevo, e o Livro dos Salmos, texto central deste estudo, é um dos instrumentos utilizados capaz de fortalecer esse laço, pois seus poemas são uma oração de corpo inteiro – são poemas que se fazem canção, poesia e oração por meio da voz e da dança. Nesse Livro, o corpo é apresentado como elemento fundamental, que se insere em uma comunidade e está em relação com o outro e com o divino. Os salmos são lidos e analisados a partir da dança, da tentativa de perceber ali performances de um corpo presente.
O estudo da Bíblia hebraica exige que se compreenda o modo como essa biblioteca, essa reunião de textos que é a Bìblia se constituiu.
1.“A formação do corpo de texto bìblico”
Busca-se, portanto, ver o processo de estabelecimento do texto, os caminhos tortuosos por que ele percorreu: a produção e transmissão da Bíblia hebraica, da tradução grega, a Septuaginta, e também do Livro dos Salmos, que permanecem sendo uma fonte preciosa para judeus, cristãos e comunidades de quaisquer outras religiões. É necessário entender o percurso do texto bíblico e a multiplicidade de sua formação, além de seu contexto.
2.“O corpo na oração: do gesto à dança”
Éfeito o desenho do corpo no texto bíblico e a importância da dança na Bíblia, da palavra ao gesto, do gesto à dança. A relação estabelecida pelo indivíduo no espaço e no tempo da dança é colocada em destaque e caracterizada. Aqui, a dança é entendida como a própria oração, situação extraordinária em que o ministro se encontra, estabelecendo um encontro entre a comunidade e a esfera do divino, e, assim, tempo e espaço se sacralizam. Entre os episódios que levam à dança, um deles é a dança em redor da arca da aliança, cujo protagonista é Davi, o rei a quem se atribui a autoria do Livro dos Salmos.
3.“A dança nos salmos
Ensaios para as performances”, faz-se uma tentativa de entrever danças realizadas nos salmos e, por meio deles, a voz do intérprete fala de um corpo dançarino ou o movimento dessa voz, o canto, conduz à poesia do corpo inteiro, a dança. Analisam-se dez textos – 25, 29, 41-42, 44, 67, 80, 86, 117, 149 e 150 –, nos quais a dança aparece de forma significativa, mostrando o caráter performático de parte desses salmos. Buscou-se ressaltar que o canto, os textos dos Salmos são lidos e ouvidos, mas também podem conter o movimento e ser apreendidos com o olhar: além de gestos, há adereços, figurinos, disposição espacial, enfim, a criação de um ambiente propício para o dançar. Assim, deixa-se o convite para ler o texto bíblico sob a força e a forma do movimento: o movimento do texto, de uma língua a outra, e o movimento do corpo, do gesto à dança.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Precisamos ser liberto deste dualismo litúrgico da vida secular e da vida religiosa.
Precisamos discernir que o culto que agrada a Deus é aquele elaborado por Ele mesmo e não por uma denominação,onde juntos trabalhamos para Ele e como prova de que o agradamos Ele homologa falando conosco.
A dança ( movimentos) é apenas uma forma de linguagem da cultura hebraica,mas presente na Igreja Primitiva,na História da Igreja e na Igreja contemporânea.
Nestas páginas,apenas desejei que um assunto não absoluto não fosse a causa da separação entre cristãos,mas que tivéssemos liberdade e amor.
O conhecimento teológico deveria por fogo na nossa liturgia e não nos engessar.
Ao meu ver a dança ( movimentos ) nada mais é que um poderoso veículo de Deus "falar",pois ela é a palavra encenada,recebida não apenas pela audição,tornando-se assim uma poderosa linguagem de comunicação,que atrelado ao ministério da música não é um enfeite a liturgia ou uma exibição artística,mas parte da liturgia(culto).
Como escrevi dança é : "Essência total de entrega,manifestado por uma espontaneidade responsiva,envolvendo o povo a ação de Deus" ( L.R.A.S.)
E ainda : "Tem que ser uma dança do céu,com valores bíblicos,técnicas corporais e unção"(L.R.A.S.)
Assim como outros assuntos a dança ( movimentos) está presente tanto no Velho como no Novo Testamentos e não tem como arrancar,mas minha preocupação nesta obra é muito mais quebrar a ignorância eclesiástica dessa poderosa linguagem universal que vence facilmente qualquer barreira da língua
Os pilares novos apresentados,teve por objetivo trazer uma luz aos líderes e liderados sobre estilos praticados sem uma explicação até aqui ( pelo menos não achei literatura sobre),que nada mais são que pilares normais para outros dons.
Não posso deixar de manifestar minha tristeza com traduções desonestas para agradarem a certos grupos religiosos,pois mesmo que houvesse silêncio bíblico isso nos deveria levar à reflexão e não a proibição.
O formato de culto instituído por Cristo é "onde estiverem 2 ou 3"(Mateus 18:20),sendo buscado os princípios por toda a Palavra e não somente do Velho ou Novo Testamentos,não decisões arbitrárias e dignas de exames.
Tudo que estiver presente na liturgia faz parte do culto,porém sua ausência não tirará a essência do mesmo ( Salmo 150)
O peso ou leveza da voz na oração tem um corpo,onde o prostrar,o ajoelhar,o fechar os olhos,o levantar a mão e outros movimentos são usados para expressar respeito e fragilidade num diálogo e numa comunicação com seu interlocutor,onde movimentos naturais são usados para expressar sentimentos.mostrando que há uma relação entre o concreto e o abstrato,não podendo separar alma e corpo.
"A dança é a poesia feita pelo corpo,dizendo o que as palavras não dizem,sendo a dança muitas vezes a própria oração" (L.R.A.S.)
O não uso do corpo é normal aos anhos não aos humanos por terem sua natureza espirito-corporal.
Para alguns dançar nada significa,mas a dança mesmo é mais que movimentos e ritmo,ela envolve dois elementos básicos: tempo e espaço.
A música e a poesia existem no tempo,a pintura e a escultura existem no espaço,mas a dança nos dos : no tempo e no espaço.Só que tempo e o espaço da dança não correspondem ao tempo real e ao espaço conhecido,antes de ser uma expressão, a dança manifesta as experiências interiores do homem e, por meio de desenhos rítmicos do movimento, representa seu mundo visto, vivido ou imaginado.
Logo a dança representa a junção entre os campos cinético, sensorial e linguístico, e a força de sua energia intensifica sua vivência.
Para a dança ser compreendida em sua totalidade é necessário, além de perceber o que é comum nessa atividade – os seus elementos constitutivos e a sua natureza, compartilhados em toda e qualquer dança –, estudá-la e compreendê-la em circunstâncias apropriadas, inserindo-a nos vários contextos existentes, considerando, por exemplo, o local e a situação artística e cultural, o que impulsiona, desse modo, o surgimento da noção de tipos de dança.
A dança sagrada permite que o ser humano transcenda.