quinta-feira, 29 de outubro de 2020

CONCLUSÃO DO LIVRO : PROJETO DANÇA

                                                  CONCLUSÃO

Precisamos ser liberto deste dualismo litúrgico da vida secular e da vida religiosa.

Precisamos discernir que o culto que agrada a Deus é aquele elaborado por Ele mesmo e não por uma denominação,onde juntos trabalhamos para Ele e como prova de que o agradamos Ele homologa falando conosco.

A dança ( movimentos) é apenas uma forma de linguagem da cultura hebraica,mas presente na Igreja Primitiva,na História da Igreja e na Igreja contemporânea.

Nestas páginas,apenas desejei que um assunto não absoluto não fosse a causa da separação entre cristãos,mas que tivéssemos liberdade e amor.

O conhecimento teológico deveria por fogo na nossa liturgia e não nos engessar.

Ao meu ver a dança ( movimentos ) nada mais é que um poderoso veículo de Deus "falar",pois ela é a palavra encenada,recebida não apenas pela audição,tornando-se assim uma poderosa linguagem de comunicação,que atrelado ao ministério da música não é um enfeite a liturgia ou uma exibição artística,mas parte da liturgia(culto).

Como escrevi dança é : "Essência total de entrega,manifestado por uma espontaneidade responsiva,envolvendo o povo a ação de Deus" ( L.R.A.S.)

E ainda : "Tem que ser uma dança do céu,com valores bíblicos,técnicas corporais e unção"(L.R.A.S.)

Assim como outros assuntos a dança ( movimentos) está presente tanto no Velho como no Novo Testamentos e não tem como arrancar,mas minha preocupação nesta obra é muito mais quebrar a ignorância eclesiástica dessa poderosa linguagem universal que vence facilmente qualquer barreira da língua 

Os pilares novos apresentados,teve por objetivo trazer uma luz aos líderes e liderados sobre estilos praticados sem uma explicação até aqui ( pelo menos não achei literatura sobre),que nada mais são que pilares normais para outros dons.

Não posso deixar de manifestar minha tristeza com traduções desonestas para agradarem a certos grupos religiosos,pois mesmo que houvesse silêncio bíblico isso nos deveria levar à reflexão e não a proibição.

O formato de culto instituído por Cristo é "onde estiverem 2 ou 3"(Mateus 18:20),sendo buscado os princípios por toda a Palavra e não somente do Velho ou Novo Testamentos,não decisões arbitrárias e dignas de exames.

Tudo que estiver presente na liturgia faz parte do culto,porém sua ausência não tirará a essência do mesmo ( Salmo 150)

O peso ou leveza da voz na oração tem um corpo,onde o prostrar,o ajoelhar,o fechar os olhos,o levantar a mão e outros movimentos são usados para expressar respeito e fragilidade num diálogo e numa comunicação com seu interlocutor,onde movimentos naturais são usados para expressar sentimentos.mostrando que há uma relação entre o concreto e o abstrato,não podendo separar alma e corpo.

"A dança é a poesia feita pelo corpo,dizendo o que as palavras não dizem,sendo a dança muitas vezes a própria oração" (L.R.A.S.)

O não uso do corpo é normal aos anhos não aos humanos por terem sua natureza espirito-corporal.

Para alguns dançar nada significa,mas a dança mesmo é mais que movimentos e ritmo,ela envolve dois elementos básicos: tempo e espaço.

A música e a poesia existem no tempo,a pintura e a escultura existem no espaço,mas a dança nos dos : no tempo e no espaço.Só que tempo e o espaço da dança não correspondem ao tempo real e ao espaço conhecido,antes de ser uma expressão, a dança manifesta as experiências interiores do homem e, por meio de desenhos rítmicos do movimento, representa seu mundo visto, vivido ou imaginado.

Logo a dança representa a junção entre os campos cinético, sensorial e linguístico, e a força de sua energia intensifica sua vivência.

Para a dança ser compreendida em sua totalidade é necessário, além de perceber o que é comum nessa atividade – os seus elementos constitutivos e a sua natureza, compartilhados em toda e qualquer dança –, estudá-la e compreendê-la em circunstâncias apropriadas, inserindo-a nos vários contextos existentes, considerando, por exemplo, o local e a situação artística e cultural, o que impulsiona, desse modo, o surgimento da noção de tipos de dança.

A dança sagrada permite que o ser humano transcenda.

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